Seis coisas que você precisa saber sobre as DSTs
Por Alcione Coutinho, postado em 01/12/2014
Fotos Claudio Postay
No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, nesta segunda (1º), abre-se um leque para discussão sobre a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estimativas do Ministério da Saúde indicam que as seis DSTs mais prevalentes na população brasileira são: a clamídia, seguida da gonorreia, da sífilis, do HPV, do herpes genital e, por fim, da Aids.
De acordo com a referência técnica do Centro de Referência em DST/Aids, Gabriela Malacarne Andrade, uma das maneiras de se prevenir dessas doenças é através do uso de preservativos masculinos ou femininos. Além dos cuidados com a saúde íntima é necessário estar atento à prevenção.
Mas, tão importante quanto a prevenção, é saber identificar quando seu corpo apresenta sinais de anormalidade. Quanto mais cedo forem identificadas, melhores podem ser os resultados no tratamento de DSTs.
Feridas, corrimentos, bolhas e verrugas são manifestações comuns de DSTs, que podem ser causadas por vírus, fungos e bactérias. Algumas doenças apresentam sintomas periódicos, dando falsa sensação de melhora ao paciente.
Outras não desenvolvem reações orgânicas comuns ao organismo, principalmente em mulheres. Nestas situações, em caso de relação sexual sem uso de camisinha, realize consultas periódicas com o médico.
As DSTs também podem ocorrer por transmissão vertical, quando a mãe infecta o bebê durante a gravidez ou durante o parto, o que pode causar interrupção espontânea da gestação ou graves lesões ao feto. A transmissão também pode se dar por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.
De acordo Gabriela Malacarne Andrade, a Secretaria de Saúde de Cariacica promove durante todo o ano campanhas de prevenção contra essas doenças. “Nosso trabalho é contínuo. Cada período do ano focamos uma campanha”, destaca.
Veja seis coisas que você precisa saber sobre cada DST:
É a DST de maior prevalência no mundo e apresenta sinais parecidos com o da gonorreia. A doença também é causa por bactéria, que provoca corrimento de cor clara na uretra e dor ao urinar.
As mulheres acometidas pela bactéria podem não apresentar sintomas, mas a doença pode infeccionar útero e trompas, resultando em complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até mesmo esterilidade.
Nos homens, a clamídia pode causar inflamações nos epidídimos e nos testículos, resultando obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides. Também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto. Uma vez instalada a infecção, o tratamento consiste no uso de antibióticos específicos.
De fácil transmissão, a doença é causada por bactéria que pode afetar a uretra e o colo do útero. A doença provoca sintomas aparentes, como secreção purulenta, ardor, eritema e infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo, mas, nas mulheres, pode ser assintomática.
Manifesta-se também na pele, provocando feridas nos órgãos genitais. Na mulher, denomina-se bartolite, que são edemas nas glândulas de Bartolin, localizadas próximas aos pequenos lábios, e causam deformação genital.
Trata-se de uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e que apresenta como sintomas iniciais pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços na virilha. Essas lesões não doem e não coçam. Em fase mais avançada, a doença pode provocar manchas em várias partes do corpo e queda dos cabelos. Quando não tratada, a sífilis está relacionada a complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos. Assim como todas as DSTs, o parceiro também precisa ser tratado. Recomenda-se ainda cuidado durante a gravidez, porque a sífilis pode provocar aborto e ser transmitida ao recém-nascido, causando má-formação do feto. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a doença ainda durante o pré-natal.
O HPV é uma DST que pode ser causada por mais de 150 tipos do Human Papillomavirus. Alguns desses micro-organismos estão intimamente relacionados ao aparecimento do câncer no colo do útero e ânus. O principal sintoma da doença é o surgimento de verrugas nos órgãos genitais e lesões no colo do útero, mas, na maioria dos casos, é uma enfermidade assintomática.
O diagnóstico do HPV é feito pelo exame de Papanicolau, prescrito anualmente pelo ginecologista. O Dr. Julio José Máximo de Carvalho explica que o tratamento varia de acordo com o prognóstico e pode incluir eliminação das lesões com cauterização elétrica, química, a laser ou com uso de crioterapia (cauterização a frio). De acordo com o especialista, existem também os tratamentos imunológicos através da aplicação de cremes locais.
Manchas avermelhadas sobre a pele com pequenas bolhas na ponta do pênis ou na parte externa da vagina podem ser sinais da doença. As bolhas causam ardência e coceira intensa, o que normalmente ocasiona seu rompimento e, consequentemente, feridas que cicatrizam de forma espontânea. A doença é causada pelo vírus do herpes simples (HSV) que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos.
A doença não tem cura e uma de suas características é a regressão e ativação das lesões na pele, que ocorrem em intervalos de tempo imprevisíveis, normalmente quando o paciente apresenta quadros de baixa imunidade.
Pessoas infectadas pela doença têm a primeira infecção de forma mais grave e longa do que as posteriores, outras mesmo infectadas nunca desenvolvem os sinais da doença. Independente de sintomas, todos os portadores podem transmitir o vírus HSV nas relações sexuais.
A Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
Mais informações:
Centro de Referência DST/Aids
Endereço: Rua Luciano Lube, 21 – Campo Grande
Telefone: 3346-6524
Horário: 7 às 18h – de segunda a sexta
De acordo com a referência técnica do Centro de Referência em DST/Aids, Gabriela Malacarne Andrade, uma das maneiras de se prevenir dessas doenças é através do uso de preservativos masculinos ou femininos. Além dos cuidados com a saúde íntima é necessário estar atento à prevenção.
Mas, tão importante quanto a prevenção, é saber identificar quando seu corpo apresenta sinais de anormalidade. Quanto mais cedo forem identificadas, melhores podem ser os resultados no tratamento de DSTs.
Feridas, corrimentos, bolhas e verrugas são manifestações comuns de DSTs, que podem ser causadas por vírus, fungos e bactérias. Algumas doenças apresentam sintomas periódicos, dando falsa sensação de melhora ao paciente.
Outras não desenvolvem reações orgânicas comuns ao organismo, principalmente em mulheres. Nestas situações, em caso de relação sexual sem uso de camisinha, realize consultas periódicas com o médico.
As DSTs também podem ocorrer por transmissão vertical, quando a mãe infecta o bebê durante a gravidez ou durante o parto, o que pode causar interrupção espontânea da gestação ou graves lesões ao feto. A transmissão também pode se dar por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.
De acordo Gabriela Malacarne Andrade, a Secretaria de Saúde de Cariacica promove durante todo o ano campanhas de prevenção contra essas doenças. “Nosso trabalho é contínuo. Cada período do ano focamos uma campanha”, destaca.
Veja seis coisas que você precisa saber sobre cada DST:
- Clamídia
É a DST de maior prevalência no mundo e apresenta sinais parecidos com o da gonorreia. A doença também é causa por bactéria, que provoca corrimento de cor clara na uretra e dor ao urinar.
As mulheres acometidas pela bactéria podem não apresentar sintomas, mas a doença pode infeccionar útero e trompas, resultando em complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até mesmo esterilidade.
Nos homens, a clamídia pode causar inflamações nos epidídimos e nos testículos, resultando obstruções que impedem a passagem dos espermatozoides. Também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto. Uma vez instalada a infecção, o tratamento consiste no uso de antibióticos específicos.
- Gonorreia
De fácil transmissão, a doença é causada por bactéria que pode afetar a uretra e o colo do útero. A doença provoca sintomas aparentes, como secreção purulenta, ardor, eritema e infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo, mas, nas mulheres, pode ser assintomática.
Manifesta-se também na pele, provocando feridas nos órgãos genitais. Na mulher, denomina-se bartolite, que são edemas nas glândulas de Bartolin, localizadas próximas aos pequenos lábios, e causam deformação genital.
- Sífilis
Trata-se de uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e que apresenta como sintomas iniciais pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços na virilha. Essas lesões não doem e não coçam. Em fase mais avançada, a doença pode provocar manchas em várias partes do corpo e queda dos cabelos. Quando não tratada, a sífilis está relacionada a complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos. Assim como todas as DSTs, o parceiro também precisa ser tratado. Recomenda-se ainda cuidado durante a gravidez, porque a sífilis pode provocar aborto e ser transmitida ao recém-nascido, causando má-formação do feto. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a doença ainda durante o pré-natal.
- HPV (condiloma acuminado)
O HPV é uma DST que pode ser causada por mais de 150 tipos do Human Papillomavirus. Alguns desses micro-organismos estão intimamente relacionados ao aparecimento do câncer no colo do útero e ânus. O principal sintoma da doença é o surgimento de verrugas nos órgãos genitais e lesões no colo do útero, mas, na maioria dos casos, é uma enfermidade assintomática.
O diagnóstico do HPV é feito pelo exame de Papanicolau, prescrito anualmente pelo ginecologista. O Dr. Julio José Máximo de Carvalho explica que o tratamento varia de acordo com o prognóstico e pode incluir eliminação das lesões com cauterização elétrica, química, a laser ou com uso de crioterapia (cauterização a frio). De acordo com o especialista, existem também os tratamentos imunológicos através da aplicação de cremes locais.
- Herpes genital
Manchas avermelhadas sobre a pele com pequenas bolhas na ponta do pênis ou na parte externa da vagina podem ser sinais da doença. As bolhas causam ardência e coceira intensa, o que normalmente ocasiona seu rompimento e, consequentemente, feridas que cicatrizam de forma espontânea. A doença é causada pelo vírus do herpes simples (HSV) que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos.
A doença não tem cura e uma de suas características é a regressão e ativação das lesões na pele, que ocorrem em intervalos de tempo imprevisíveis, normalmente quando o paciente apresenta quadros de baixa imunidade.
Pessoas infectadas pela doença têm a primeira infecção de forma mais grave e longa do que as posteriores, outras mesmo infectadas nunca desenvolvem os sinais da doença. Independente de sintomas, todos os portadores podem transmitir o vírus HSV nas relações sexuais.
- Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
A Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
Mais informações:
Centro de Referência DST/Aids
Endereço: Rua Luciano Lube, 21 – Campo Grande
Telefone: 3346-6524
Horário: 7 às 18h – de segunda a sexta