A matemática pode ser um "bicho de sete cabeças" para muitas pessoas em diferentes etapas da vida. Mas na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Luzbel Pretti, no bairro Operário, essa “fera” está sendo domada com criatividade, prática e diversão.

Por meio do Aprofundamento da Aprendizagem (AAP), os alunos do 4º ano mergulham no estudo do sistema monetário de forma lúdica e dinâmica, usando a metodologia Rotação por Estações. A atividade é conduzida pela professora Liliane de Oliveira Ventura, que pensou em uma forma diferente de ensinar um conteúdo que costuma gerar dúvidas nos estudantes.

“É uma metodologia ativa. Percebemos que os alunos tinham um pouco de dificuldade e resolvi fazer uma atividade diferenciada para que eles pudessem utilizar esse sistema monetário de várias maneiras", contou ela. 

Cada estação oferece uma experiência diferente, incluindo o uso da tecnologia, cálculos de operações, jogos lúdicos e até simulações de compras, para que os alunos aprendam na prática como funciona o dinheiro, reconheçam cédulas, aprendam a dar troco e a calcular valores do dia a dia", disse.

Para que todos passem por todas as estações, o som de um “galo especial” anuncia a troca a cada 15 minutos.

"Todos os alunos têm a possibilidade de passar pelas estações e, no final dessa atividade, eu tenho um registro para verificar o aprendizado deles, fora as intervenções que faço durante a rotação. Eles fazem atividades de cálculo, passam pela tecnologia com os Chromebooks, participam de atividades lúdicas e manuseiam as cédulas, porque as crianças hoje já nem têm muito contato com dinheiro em espécie. Eles aprendem o valor de cada uma delas e a dar troco, o que é muito importante quando eles vão à padaria ou ao mercadinho para a mãe, por exemplo", contou Liliane.

Para a professora regente do 4º ano, Priscila Kelly Zuim, o Aprofundamento da Aprendizagem (AAP) é fundamental, pois complementa e fortalece o aprendizado diário dos alunos. 

“A Liliane, juntamente com a disciplina de AAP, faz um planejamento conjunto e sempre traz tecnologia e metodologias ativas para implementar e consolidar o que ensinamos diariamente. Estamos sempre em conversa para alinhar os conteúdos em prol do desenvolvimento das crianças", disse Priscila.

O estudante Caio Ferreira da Silva, de 10 anos, já percebe a importância da atividade não apenas em sala de aula, mas, também, no dia a dia. 

"Essa aula é muito boa porque eu já sei que ninguém vai me passar a perna quando eu for na padaria, no Terminal ou em alguma loja,  pois aí vou saber se o troco está certo. Eu participo das aulas com o João, que é meu melhor amigo. Ele tem Síndrome de Down, então eu ajudo ele em várias coisas: a fazer o dever, também brinco na hora do recreio”, disse ele. 

A Hellen Silva Mendonça, também de 10 anos, gostou muito da experiência de aprender brincando. 

“A aula de rotação é muito legal e ensina muitas coisas, como contar o dinheiro. A trilha foi bem interessante também! Foi divertido”, disse.