A Secretaria da Mulher e Direitos Humanos (Semdh) de Cariacica promoverá, no próximo dia 26, às 9 horas, uma palestra sobre Letramento Cigano, voltada para pessoas não ciganas que atuam em equipamentos institucionais nas áreas de Mulheres, Direitos Humanos, Serviço Social e Igualdade Racial, além de organizações da sociedade civil que trabalham com comunidades e povos de etnias ciganas. O evento será realizado no auditório da Faculdade Multivix, em São Geraldo, e tem parceria com a  Escola de Serviço Público do Espírito Santo (ESESP).

O encontro terá como foco práticas de abordagem humanizada junto às comunidades ciganas, a difusão do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos, do Governo Federal, e do Caderno Metodológico Educação com Povos Tradicionais, produzido pela Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu/ES). Também será discutida a metodologia de trabalho aplicada em comunidades tradicionais.

O conceito de letramento étnico-racial é central para a iniciativa. Criado pela socióloga americana France Winddance Twine, o termo refere-se à capacidade de reconhecer e questionar estereótipos, preconceitos e discriminações, além de valorizar a diversidade e promover a equidade. No contexto cigano, trata-se de uma ferramenta pedagógica essencial para desconstruir o anticiganismo ainda presente no país.

Entre os objetivos do letramento estão: analisar a linguagem para identificar expressões discriminatórias, compreender a história e o impacto da marginalização das comunidades ciganas no Brasil, refletir sobre identidades plurais e questionar estereótipos, adotando atitudes que fortaleçam o respeito e a inclusão.

Para a secretária da Mulher e Direitos Humanos, Lorena Nascimento, o evento representa um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa.

“O letramento cigano é um convite à reflexão. Quando capacitamos pessoas não ciganas que atuam diretamente com essas comunidades, damos um passo fundamental no combate ao preconceito e na valorização da diversidade cultural. Essa é uma forma de transformar práticas institucionais e sociais, promovendo dignidade, respeito e equidade”, afirmou.