Texto: Mariana Santos Foto: Mariana Santos

“O câncer não é uma sentença de morte, é um recomeço”. A frase, de Hilma Pereira, 52 anos, traduz a força de quem enfrentou o câncer de mama e venceu. Em 2018, ela recebeu a notícia de que teria apenas três meses de vida. Sete anos depois, em outubro de 2025, celebra a remissão da doença e inspira outras mulheres.
O diagnóstico de câncer de mama pode assustar, mas, para muitas, é um ponto de virada. No Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a doença, histórias como a de Hilma lembram que a descoberta precoce e o tratamento adequado podem transformar vidas e renovar esperanças.
Há sete anos convivendo com o diagnóstico, Hilma carrega uma mensagem de força. “Apesar de ter ficado careca, não deixei de ser mulher e nem linda. O cabelo cresce”, disse. Foram 20 sessões de quimioterapia, dias de dor e cansaço, mas também de conquistas, realizou o sonho de ser avó e aprendeu a se amar novamente.

“Eu falei que não poderia morrer antes de realizar meu grande sonho, que era de ser avó. Lutei, me segurei nas minhas esperanças e hoje posso celebrar a vida dos meus dois netos, uma de quatro anos e o mais novo, de um ano e sete meses”, lembrou ela.
Atualmente ela coordena o Projjeto Vida, localizado em Cruzeiro do Sul, atendendo mais de 100 mulheres, e que resgata a identidade e a beleza daquelas que estão em tratamento. Em sessões de fotos e dias de cuidado, elas se redescobrem diante das câmeras e aprendem a se enxergar além da queda de cabelo ou das marcas deixadas pelo tratamento.
“O câncer é o começo de uma nova história. Se cuidem, se amem. A nossa cura vem da autoestima”, reforça.
A vida é para ser vivida
Aos 40 anos, Ana Helmer, que faz parte do Projjeto Vida, descobriu o câncer de mama. Foi durante uma sessão de laser que sentiu um nódulo e logo procurou um médico. “Eu vivi com o câncer durante 10 anos e só fui descobrir agora, em janeiro deste ano”, contou.
Apesar do diagnóstico, Ana carrega uma grande lição para levar o tratamento com mais tranquilidade. Segundo ela, “a vida é para ser vivida”, e seguindo essa frase, nunca deixou de fazer as coisas que já fazia antes. “A descoberta não me abalou, continuo vivendo minha vida, saindo, me divertindo e tornando esse processo mais leve. Sou forte, tenho passado pelo tratamento e isso me dá mais vontade de viver”, disse ela, emocionada.

Assim como Hilma e Ana, Rosimare Coutinho, de 42 anos, também viveu o processo de tratamento do câncer de mama. Para ela, o câncer fez com que ela redescobrisse a vida. Depois da confirmação do diagnóstico, passou por quimioterapia, radioterapia e enfrentou até metástases.
Mesmo passando por um período doloroso, não perdeu a fé e nem a alegria. “O segredo do câncer é não se entregar. É aceitar, fazer o tratamento e redescobrir a vida. Eu creio que meu testemunho pode salvar outras vidas”, falou ela.
Entre lágrimas e sorrisos, essas mulheres mostram que o câncer não define quem elas são, e sim que ele transforma-se em combustível para viver com mais intensidade. Como resume Hilma: “Eu me amo, apesar de tudo, eu me amo!”.
A importância do diagnóstico precoce
O Outubro Rosa é uma campanha mundial voltada para a conscientização e prevenção do câncer de mama, que busca alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, depois do de pele não melanoma. Exames como mamografia e ultrassonografia são aliados indispensáveis.
O Sistema Único de Saúde (SUS) busca abranger desde os mais simples atendimentos, até mesmo os minuciosos transplantes de órgãos. Neste mês voltado a conscientização, o sistema disponibiliza, diversos programas e atendimentos. Unidades de saúde realizam palestras, vão até escolas, levam os exames para mais perto das mulheres e democratizam o acesso à prevenção e cuidados à saúde.
Combater fatores de risco é essencial para a prevenção. Por exemplo, o sedentarismo, a obesidade, o consumo de bebida alcoólica e o sobrepeso após a menopausa. Segundo o INCA, entre 5% e 10% dos casos estão relacionados com causas hereditárias ou genéticas.
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