Texto: Mariana Santos Foto: Wagnner Zanon/PMC

A educação vai muito além da sala de aula. Prova disso é o atendimento escolar domiciliar da Prefeitura de Cariacica, realizado pela Secretaria Municipal de Educação (Seme), que garante a estudantes impossibilitados de frequentar presencialmente a escola o direito de aprender, sonhar e se desenvolver. Atualmente, 46 alunos são atendidos nesse formato, promovendo o cuidado, a empatia e o ensino de qualidade.
Para a secretária de Educação, Luzian Belisario, o atendimento escolar domiciliar reflete o compromisso da rede municipal com uma educação inclusiva e humanizada. “Nosso objetivo é garantir que todos os alunos tenham oportunidades. O atendimento escolar domiciliar respeita a individualidade, valoriza as potencialidades e assegura o direito à aprendizagem”, disse.
As aulas acontecem duas vezes por semana, sempre respeitando a condição de saúde do estudante. O planejamento é elaborado pelos professores da escola em que os alunos estão matriculados, junto com as professoras especialistas de atendimento escolar domiciliar, envolvendo toda a equipe pedagógica. Os professores recebem formações contínuas e participam de reuniões orientativas para aprimorar a prática e compreender a legislação vigente. "As aulas são cuidadosamente planejadas para que os alunos recebam uma educação de qualidade e personalizada. Isso nos permite oferecer um ensino mais eficaz e direcionado às necessidades individuais de nossos alunos", falou Vilma Costa, da Gerência de Educação Especial.
Na casa da estudante Anna Isabeli Reinholz, de 12 anos, aluna do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Stélida Dias, o quarto se transforma em sala de aula. Livros, cartazes e atividades decoram o espaço, e cada visita da professora é recebida com alegria e expectativa. “Ela acorda cedo nos dias de aula, veste o uniforme e fica ansiosa esperando a professora chegar. Para nós, como família, é uma vitória. O atendimento domiciliar é essencial, porque a parte cognitiva da Anna está totalmente preservada e ela participa de tudo. A professora se adaptou a ela e ela à professora. Foi um encaixe perfeito”, contou a mãe, Shirley Reinholz.

A professora de educação especial Diliane Ferreira, que acompanha a Anna, reforça o quanto o trabalho é transformador. “Cada aula é adaptada às necessidades da Anna, respeitando seu ritmo e suas possibilidades. Trabalhamos com recursos visuais, leituras, colagens, recortes, sempre com o objetivo de incluir e estimular. O avanço dela é visível, hoje ela interage mais, participa e demonstra alegria em aprender”, falou a professora.
Segundo a mãe da aluna, a Anna não pode ir à escola devido às suas condições especiais e por isso o atendimento domiciliar é fundamental para o aprendizado da estudante. “Esse método é super positivo, porque a Anna, além dela ter as etapas de dieta por sonda, ela é dependente de uma respiração mecânica. Ela foi conhecer o ambiente escolar, só que não tem possibilidade de frequentar devido aos cuidados e pelo perigo do aparelho desconectar. Com a professora vindo em casa, ela está tendo acesso a educação”, explicou Shirley,
O vínculo entre a escola e a aluna também é fortalecido. Recentemente, a turma da Anna escreveu cartas para ela, numa iniciativa da professora de Língua Portuguesa, Adriana dos Santos. “Quisemos que a turma conversasse com ela como se estivesse presente na sala de aula. Foi emocionante ver os colegas abraçarem essa proposta e aproximarem ela da realidade da turma”, contou a professora.

A Rede de Ensino de Cariacica tem o respaldo da Portaria 017/2025 que estabelece os critérios de Atendimento Escolar Domiciliar.
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