Todas as quartas-feiras, o estudante Higor Rosa Mariano, de 13 anos, já tem compromisso marcado. Ele participa das atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Rio Marinho, incluindo as aulas de capoeira, prática que tem ajudado no desenvolvimento físico e na socialização com outras crianças.

A história de Higor é marcada pela superação. Aos cinco anos de idade, ele foi diagnosticado com câncer no fêmur e passou por sessões de quimioterapia. Devido a complicações, precisou amputar a perna direita, mas isso nunca o impediu de seguir ativo, participativo e alegre. 

Logo depois, o adolescente encontrou no esporte uma forma de motivação. Há três anos, ele ingressou no projeto Cariacica Saudável, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semesp), e iniciou aulas de natação no bairro Alzira Ramos. 

Para quem antes não sabia nadar, ele se saiu bem demais na modalidade e começou até a participar de competições realizadas no município. Hoje, Higor treina no Clube Álvares Cabral, após receber um convite, e divide sua rotina entre estudos, natação, capoeira e outras atividades. 

“Para ele, essas atividades são muito importantes, tanto no desenvolvimento, na saúde a até para se incluir no meio da arte também, como a capoeira, por ser deficiente físico. Todos  receberam ele muito bem, ele gosta bastante e se diverte muito”, disse a mãe, Denise Rosa da Silva. 

As oficinas de capoeira no CRAS de Rio Marinho são realizadas uma vez por semana e reúnem cerca de 13 crianças e adolescentes, fortalecendo o vínculo comunitário e promovendo a inclusão social por meio do esporte e da cultura. Todos os serviços da Assistência Social são inclusivos e qualquer pessoa pode participar. 

“Histórias como a do Higor mostram o quanto o trabalho desenvolvido nos CRAS vai além da assistência social. Ele representa a força de superação e a importância de oferecer espaços de convivência onde cada pessoa se sinta acolhida e capaz de desenvolver suas potencialidades. Os nossos serviços são inclusivos, então estamos prontos para receber todos que queiram participar”, destacou a secretária municipal de Assistência Social, Danyelle Lirio. 

Sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) oferecem, além de atividades lúdico-pedagógicas, oficinas de dança, música, capoeira e atividades físicas para usuários de todas as faixas etárias atendidos por oito CRAS do município: Padre Gabriel, Campo Verde, Alto Mucuri, Nova Rosa da Penha, Vila Graúna, Bela Aurora, Porto de Santana e Rio Marinho.

São atendidas crianças de 7 a 11 anos, adolescentes de 12 a 17 anos e pessoas idosas com mais de 60 anos. Para se inscrever, é necessário ter Cadastro Único atualizado e passar por um atendimento social, realizado pelos técnicos dos CRAS.