Projeto piloto para controle de roedores é implantado em Cariacica

Equipe da Vigilância Epidemiológica inicia ação de controle de roedores.FOTO:Semco/Verônica Aguiar

Equipe da Vigilância Epidemiológica inicia ação de controle de roedores.FOTO:Semco/Verônica Aguiar


Cariacica está desenvolvendo projeto piloto de controle de roedores. Em 2012, nove óbitos por leptospirose foram registrados no município. O índice da doença, que é infecciosa e causada por uma bactéria presente na urina dos ratos, mostra a necessidade de ações para o controle desses animais, como as que estão sendo realizadas este mês, nas Emefs Padre Gabriel e Terfina Rocha e no Cmei Erenita Trancoso, em Itacibá.


Nesta sexta-feira (17), os entulhos encontrados na Emef Padre Gabriel foram retirados pelo papa-móveis da prefeitura, disponibilizado pela secretaria de Serviços e Trânsito. Já os agentes ambientais da Vigilância Epidemiológica aplicaram raticida na escola. A iniciativa é o resultado da análise feita a partir de visitas prévias.


Em março, essas Emefs foram visitadas por agentes, que verificaram as condições dos locais, observando as que favoreciam a proliferação de roedores. Além disso, eles conversaram com os diretores para saber onde havia maior incidência de ratos, conforme explicou a bióloga da Vigilância, Marcela Abreu Pimenta. A partir dessa visita, foi traçado o plano de ação.


A gerente de Vigilância Epidemiológica, Denise Carramanhos, explicou que a partir de agora, as ações da dengue serão casadas com esse projeto. O que já aconteceu nesta sexta, pois os agentes de saúde ambiental também fizeram as pesquisas de foco de dengue nas residências de Itacibá. Eles passaram pesca larvas em caixas de água, realizaram tratamento com larvicida e fecharam as caixas com tela. Além disso, deram orientações sobre a doença, cujo mosquito vetor é o Aedes aegypti.


Leptospirose


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É uma doença infecciosa e extremamente letal. Ela é transmitida por meio do contato de uma bactéria, presente na urina dos ratos, com a pele. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe ou os da dengue, entre eles: vômitos, dor de cabeça, dor na panturrilha, calafrios, dores musculares e coloração amarelada da pele. Também pode causar febre, diarreia e tosse.


 

 

Dengue: dificuldades no combate
O Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura recebe denúncias de locais onde há focos de dengue, ou nos quais não está havendo a prevenção em relação à doença, tais como locais com recipientes com água parada, entre outros. É comum, inclusive, um vizinho ligar para informar sobre os descuidos no quintal do outro.


A agente Enelise Maria de Almeida, no entanto, contou que “às vezes o CCZ recebe denúncias sem fundamento, que são frutos de picuinhas entre vizinhos. Chegamos ao imóvel e está tudo certo, limpo e sem problemas, o que faz com que percamos tempo”, disse. Outro fato que também dificulta o trabalho da equipe é a resistência de algumas pessoas para deixar o agente ambiental entrar em sua residência.


Parcerias
A ação casada é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Saúde (Semus), por meio da Vigilância Epidemiológica e do Centro de Controle de Zoonoses, e a Secretaria de Serviços e Transito (Semset).


Informações Adicionais:
Texto: Verônica Aguiar
Jornalista responsável: Marcelo Pereira