Videomonitoramento de Cariacica é fechado para reformulação e estruturação

Central de videomonitoramento não tem telefone para avisar ocorrências ao Ciodes.FOTO: Semco / Lucas Calazans

Central de videomonitoramento não tem telefone para avisar ocorrências ao Ciodes.FOTO: Semco / Lucas Calazans


A Prefeitura de Cariacica, por meio da secretaria de Cidadania e Trabalho (Semcit), gerência de Direitos Humanos e Segurança, está fechando, temporariamente, a Central de Videomonitoramento do município, devido às limitações que impedem seu correto funcionamento.


“O Serviço de Videomonitoramento funciona precariamente, discrepando dos aspectos logístico, operacional e funcional do anunciado no término da gestão anterior”, diz o coronel Adilson Costa Barros, militar reformado, gerente do serviço.


Lançado em 28 de novembro do ano passado, o videomonitoramento tem nove câmeras instaladas em vários pontos do município (Avenida Expedito Garcia, em Campo Grande; nos Terminais Rodoviários de Campo Grande, Jardim América e Itacibá; na Praça do Bairro de Jerusalém e no Bairro Cruzeiro do Sul). Inicialmente, o efetivo era composto de 12 funcionários, sendo 10 operadores e duas supervisoras. Hoje, a equipe está reduzida a quatro operadores efetivos. Os demais, ou foram exonerados ou tiveram os contratos encerrados.


Sem qualificação e telefone


Além disso, de acordo com avaliação feita pelo coronel Costa Barros, a equipe não tinha qualificação para o exercício do serviço de videomonitoramento, além de desconhecer o local onde estão instaladas as câmeras, o que dificulta o repassar das informações para o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes). E o repasse das ocorrências para o Ciodes esbarra ainda na ausência de meios, isto é, falta de um telefone institucional.


“Em caráter de urgência, requisitamos a instalação de um aparelho telefônico, mas obtivemos como resposta que não seria possível atender de imediato, pois teriam de adotar algumas providências de engenharia, pelo fato de o prédio ter sido construído para abrigar escritórios com capacidade tecnológica reduzida e um serviço de videomonitoramento agrega uma fiação bastante complexa, que para sua instalação obstruiu os canos destinados à passagem dos fios e não sobrando espaço para as outras acomodações”, explica o coronel.


Interrupção


Como o serviço produzido apresenta um resultado de baixa qualidade, a proposta do coronel é para que o videomonitoramento seja interrompido e, então, dotado de melhor infraestrutura, equipando a central com meios estruturais, materiais e humanos, capacitados a exercer um serviço eficiente à população.


Contratação emergencial


Outra sugestão do coronel Costa Barros é pela contratação de uma empresa em regime emergencial, que assuma o monitoramento das imagens, com operadores qualificados, até que um processo licitatório apresente uma empresa capacitada a desenvolver um eficaz serviço de videomonitoramento, condizente com a realidade de Cariacica.


Ajuda do Estado


“Acrescento também que pelo fato de o Estado do Espírito Santo estar acenando para a municipalidade com a possibilidade de estruturar o serviço de videomonitoramento com equipamentos, mobília, software dos mais atualizados, através de convênio, que este venha a se tornar realidade em razão das vantagens oferecidas e colocadas a nossa disposição”, observa Costa Barros.


Informações Adicionais:


Texto: Brunella França e Alcione Coutinho


Jornalista responsável: Evandro Costalonga