Queda na arrecadação dos royalties do petróleo leva Administração a cortar gastos

Prefeito Juninho: "Vamos conter gastos com contratação de pessoal, gasolina, telefone e outras despesas".FOTO: Semco / Lucas Calazans

Prefeito Juninho: "Vamos conter gastos com contratação de pessoal, gasolina, telefone e outras despesas".FOTO: Semco / Lucas Calazans


Apesar de não ser cidade produtora de petróleo, Cariacica sofrerá perdas significativas de receitas provenientes do Fundo para Redução das Desigualdades Regionais – Lei 8.308/06 - Transferência Estadual, assim como já registra perdas do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias – Fundap. São os reflexos da aprovação, pelo Congresso Nacional, da redistribuição dos royalties do petróleo também para os estados não produtores.


Essa conta, para Cariacica, é dramática. Nos dois primeiros meses de administração do prefeito Geraldo Luzia Junior, o Juninho, houve queda vultosa da arrecadação. As perdas do Fundo para Redução das Desigualdades Regionais para este ano estão previstas em torno de R$ 2 milhões, reduzindo de R$ 7,3 milhões para R$ 5,3 milhões. Isso aconteceu em decorrência da diminuição do repasse do Governo Estadual para os municípios. A previsão de R$ 125 milhões caiu para R$ 95 milhões, em 2013.


 

Derrota anunciada


A derrota na exclusividade do recebimento dos royalties pelos estados produtores de petróleo (Espírito Santo e Rio de Janeiro), no Congresso Nacional, tem gerado muita discussão no meio político. Contratos já firmados e previsão de investimenos, agora, terão que ser adequados à receita mais enxuta.


Cariacica


Cariacica não está fora deste cenário de perdas. A solução adotada pelo prefeito e seus secretários é trabalhar com corte de gastos. Os cargos comissionados, por exemplo, seguiram com reserva de 20%, ou seja, de vagas que não serão preenchidas. Mas tudo ainda merece estudo e cuidado para não diminuir o nível de desenvolvimento ou incidir em serviços essenciais para a população.


“Se o gestor não tiver cuidado no primeiro ano, pode desandar tudo. Em primeiro lugar vamos conter gastos com contratação de pessoal, gasolina, telefone e outras despesas. A saída é fazer o dever de casa e trabalhar com ações de médio e longo prazos, que nos deem a garantia de manter os serviços que temos hoje, além daqueles que iremos contratar e adquirir ao longo dos quatro anos”, disse Juninho.


O prefeito, apesar do cenário desfavorável, não perde a confiança no trabalho e na filosofia de gestão pautada na técnica dos gestores. “Estamos olhando para frente, organizando a cidade, com a gestão voltada para técnica, que vem buscando soluções para que não se perca a qualidade dos serviços. Não vamos descansar até achar todas as soluções”, afirmou.


Informações Adicionais:


Texto: Marlon Marques


Jornalista responsável: Evandro Costalonga