Caramujo africano: saiba como evitar a doença transmitida pelo molusco
Por Marketing, postado em 20/02/2013
O verão é um período chuvoso, apesar de os últimos dias terem sido de sol. Mas a Vigilância Epidemiológica lembra que após a chuva, os caramujos africanos (que já se tornaram uma praga no Brasil) se proliferam, pois eles gostam de ambientes quentes, úmidos e com sombra. Os quintais das residências e os terrenos abandonados são lugares ideais para a reprodução dos moluscos. Em Cariacica, o Centro de Controle de Zoonoses desenvolve um trabalho de orientação em relação aos cuidados com o animal.
A orientação é que o caramujo seja coletado. Quem for fazer a coleta deve estar com as mãos protegidas com luvas ou sacolas plásticas. Depois, o caramujo deve ser colocado em uma lata e queimado. As conchas devem ser quebradas para não acumular água, evitando assim que elas se tornem depósito de larvas do mosquito da dengue. Caso os moradores do município queiram esclarecer alguma dúvida sobre o assunto é só ligar para 3346-6518.
O animal chegou ao Brasil na década de 80. Ele foi trazido, de forma ilegal, por produtores rurais, como uma alternativa mais rentável para substituir o escargot. Contudo, a iniciativa não foi bem sucedida. Abandonado, ele se tornou uma praga que poucas pessoas sabem como combater. O molusco transmite a meningite eosinofílica, pois ele atua como hospedeiro intermediário de um verme, o Angiostrongylus Cantonensis, agente etiológico da doença.
De acordo com a bióloga responsável pelo controle de pragas da prefeitura, Marcela Borges de Abreu Pimenta, o ser humano participa do ciclo como um "hospedeiro acidental" do verme, ao ingerir alimentos que estejam contaminados por meio do contato com a secreção do animal. Nela, estão presentes as larvas. Outra forma de contágio é o consumo – não recomendado - destes moluscos parasitados.
Cuidados em relação ao caramujo africano
- Não ingeri-lo
- Lavar bem as hortaliças, verduras e frutas com água corrente e deixar de molho em solução de água sanitária a 2,5% (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água) durante 15 a 30 minutos. Outra maneira é deixar de molho em vinagre (uma colher de sopa de vinagre para um litro de água)
- Não tocar nos caramujos sem proteção
- Lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o molusco
- Não transportá-los nem jogá-los vivos em terrenos baldios, ruas, matas, restingas, etc.
Como fazer o controle
O controle restringe-se, basicamente, à catação manual periódica desses animais e dos ovos (proteção das mãos com uso de luvas ou sacos plásticos) e posterior eliminação, preferencialmente por incineração. Pode-se também coletar os caramujos e posteriormente esmagá-los e enterrá-los, acrescentando uma colher de cal virgem para evitar a contaminação do solo.
Informações Adicionais:
Texto: Verônica Aguiar
Jornalista responsável: Evandro Costalonga