Hanseníase: grupo de apoio para autocuidado se reúne em Jardim América
Por Marketing, postado em 24/01/2013
![Pacientes têm oficina de autocuidado sobre hanseníase na US de Jardim América nesta sexta-feira (25).FOTO: Divulgação](http://www.cariacica.es.gov.br/wp-content/uploads/2014/09/hans1.jpg)
Pacientes têm oficina de autocuidado sobre hanseníase na US de Jardim América nesta sexta-feira (25).FOTO: Divulgação
Nesta sexta-feira (25), haverá mais uma importante reunião do grupo de apoio para autocuidado de pacientes com hanseníase. A iniciativa é da Vigilância Epidemiológica, da secretaria de Saúde. As oficinas acontecem toda última sexta-feira de cada mês, das 14h às 15h. Será na Unidade de Saúde de Jardim América, na rua Nicarágua, s/nº.
Faz parte das intervenções aos pacientes portadores de hanseníase, segundo o Ministério da Saúde, organizar, programar e desenvolver grupos de autocuidado. O principal objetivo é auxiliar e apoiar os pacientes com hanseníase a realizar o autocuidado diário, prevenindo as incapacidades físicas decorrentes da doença. Caso a hanseníase já esteja instalada, o grupo atua também na reabilitação do paciente.
Os encontros mensais também funcionam como apoio psicológico, emocional e educador. O município de Cariacica, através da Vigilância Epidemiológica, é pioneiro em desenvolver estes grupos no Estado, se destacando na qualidade da assistência e compromisso com o usuário.
A prevenção de incapacidades é uma atividade que precisa ser realizada por todos os profissionais de saúde (orientações), pacientes (execução e auto-avaliação) e familiares (auxílio e estímulo). O autocuidado deve ser compreendido como ação essencial para a prevenção das incapacidades físicas.
O autocuidado promove:
- Humanização do cuidado;
- Integração entre a rede de saúde e o usuário;
- Inclusão social;
- Melhoria na qualidade de vida;
Hanseníase
- A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, causada pelo Mycobacterium leprae. O bacilo é também chamado de bacilo da Hansen. Este bacilo apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos.
- Transmissão: ocorre através das vias respiratória (tosse, espirro, fala e respiração);
- Caso suspeito: principalmente pessoas que apresentem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, com perda ou alteração de sensibilidade;
Qualquer serviço de saúde pode realizar o exame de pele para suspeição diagnóstica. Em casos suspeitos, o paciente deve ser encaminhado para a Unidade de Referência (Policlínica de Itacibá e US Jardim América) para confirmação do diagnóstico e início do tratamento.
Validação diagnóstica
- Policlínica de Itacibá: atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h (consultas médicas são pré-agendadas).
- US Jardim América: atendimento de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 16h (consultas médicas são pré-agendadas). No laboratório local são realizados os exames de baciloscopia, toda terça-feira, a partir das 7h.
O diagnóstico é feito através do exame dermatoneurológico, exame de baciloscopia e/ou biópsia. O tratamento é realizado somente pelo SUS, nas Unidades de Referência. É realizado a nível ambulatorial, gratuito e consiste em poliquimioterapia (PQT), ou seja, associação de vários medicamentos, conforme classificação operacional.
O tratamento pode variar de 6 meses a 1 ano, dependendo da forma clínica da doença. Devendo ser uma dose mensal, supervisionada na Unidade de Saúde; e, diariamente, com a ingestão de um comprimido em casa (a medicação é fornecida ao paciente). Uma consulta médica, pré-agendada, é feita no mês seguinte.
Toda pessoa que resida ou tenha residido com um doente de hanseníase nos últimos cinco anos, deve procurar o serviço de saúde e ser examinada. (com informações da Vigilância Epidemiológica)
Informações Adicionais:
Jornalista responsável: Evandro Costalonga