Construção de Territórios Educativos foi o foco da palestra de abertura do I Seminário de Educação Integrada

Educadores e gestores públicos municipais estiveram reunidos para compartilhar experiências e conhecimentos. FOTO:  Semco/Claudio Postay

Educadores e gestores públicos municipais estiveram reunidos para compartilhar experiências e conhecimentos. FOTO: Semco/Claudio Postay


A escola que vai além dos muros. Este foi o foco da palestra de abertura do I Seminário de Educação Integrada, iniciado na noite desta quarta-feira (14). Educadores e gestores públicos municipais estiveram reunidos no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Seme). O evento é organizado pela Seme em parceria com um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a fim de discutir as políticas de educação integral.


Durante o encontro, o professor mestrando e supervisor de pesquisa do grupo TEIA (Territórios, Educação Integral e Cidadania) da UFMG, Paulo Felipe Lopes de Carvalho, desenvolveu o tema “A Escola e o bairro: diálogos possíveis para construção de territórios educativos”. Um dos pontos destacado pelo pesquisador foi a relação que a escola deve estabelecer com o bairro e com a cidade. “O sentido é fazer com que os alunos criem também mais sentimento de pertencimento ao bairro e à cidade pois este é um objetivo do programa Mais Educação”, frisou.


Ainda sobre a questão do território, Carvalho quis romper a ideia de pensar em educação somente dentro dos muros da escola. “É pauloseme4possível sair, sim, independente do território”, defendeu. Segundo ele não falta espaço para o desenvolvimento do trabalho pedagógico que pode acontecer na rua, no morro e na própria escola. “A rua é um território a gente precisar reconquistar. Isso, o sociólogo e pensador Boaventura de Souza Santos fala que um dos maiores desafios do século XXI é reconquistar a rua como espaço de lazer e de aprendizado”, explicou.


Na opinião da subsecretária de Educação, Patrícia Rufino, a explanação do professor ajuda os educadores entender como é possível articular as ações e construir movimentos para efetivar territórios educativos que vão além da região administrativa, mas pensar em locais que são organizados pelos sujeitos, e que são lugar de vida, de movimento, de prazer, de amor, de companheirismo.



Abertura


Durante a fala das autoridades, a subsecretária de Educação, Patrícia Rufino, lembrou do trabalho árduo de formação de todos os rufinoseme3segmentos da secretaria e a importância da colaboração do grupo de pesquisadores da UFMG. “Somos convidados a partilharmos o conhecimento, aproveitar a presença do grupo Teia que está discutindo e visitando as escolas com programas de tempo integral, fazendo um movimento que dará um retorno para as nossas qualificações em termo de trabalho interno e externo”, considerou.


 

 

Já o secretário da pasta, Alberto Mollo, reforçou a importância da educação integrada como combate a situação de molloseme2vulnerabilidade e risco social, entre outros problemas, tais como: baixo rendimento escolar, reprovação e evasão escolar. “Não se trata de criminalizar a pobreza, mas de construir soluções políticas e pedagógicas criativas que combatam as desigualdades sociais e promovam a inclusão educacional. O direito à educação de qualidade é um elemento fundamental para ampliação e garantia dos demais direitos humanos e sociais de condição para própria democracia, neste sentido a ampliação de acesso a escola tem sido uma conquista”, avaliou.


 

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O vice-prefeito, Bruno Polez, lembrou das dificuldades enfrentadas pelos profissionais da educação e os estimulou a vencer os
desafios. “A educação integral, multidisciplinar, interelacionada, é um grande desafio da mordenidade. Fazer isso acontecer com
êxito é mais difícil ainda, pois sabemos dos obstáculos e dificuldades que existem, mas o grande desafio dos educadores é justamente superá-los e, quando tudo se apresenta o contrário, mostrar que é possível dar resultados e transformar realidades”.


Saiba mais
O Grupo de pesquisa, ensino e extensão, denominado TEIA (Territórios, Educação Integral e Cidadania) foi criado em 2008, na UFMG, e configura-se como um espaço de reflexão e intervenção voltado para a garantia da educação como um direito individual e coletivo, necessária para a construção de uma sociedade democrática e inclusiva.


Informações Adicionais:
Texto:Analine Izoton
Jornalista responsável: Marcelo Pereira