Fique atenta aos sintomas do climatério
Por Alcione Coutinho, postado em 23/03/2015
Fotos Divulgação
Neste mês de março, em homenagem às comemorações ao Dia Internacional da Mulher, preparamos para você uma série de reportagens especialmente voltadas para o público feminino. São matérias que terão como tema a saúde. A cada semana um assunto que faz parte do universo das mulheres será postado no site. Nesta última semana, falaremos sobre climatério. Boa leitura!
Antes de entrarmos neste assunto é bom explicar: climatério e menopausa não são a mesma coisa. Climatério é uma fase de limites imprecisos na vida feminina e compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Menopausa, ao contrário, tem data para começar: a da última menstruação da vida.
De cada quatro mulheres, pelo menos três, experimentam sintomas desagradáveis no climatério, conforme dados do Ministério da Saúde. As ondas de calor são os mais típicos, na verdade, estão presentes em 60% a 75% das mulheres.
“Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese, palpitações e ansiedade”, explica o ginecologista Eduardo Pereira Soares. As crises geralmente duram de um a cinco minutos e podem repetir-se diversas vezes por dia.
Segundo ele, para amenizar esses sintomas, o climatério necessita de avaliação médica e tratamento específico. Pois a queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Por conta disso, podem surgir incontinência urinária, ardência ao fazer xixi, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos ginecológicos.
Isso acontece porque os músculos que formam a área responsável pela sustentação dos órgãos genitais e bexiga enfraquecem e pode ocorrer “queda” do útero e bexiga. “Junto com esse quadro, há o ressecamento do órgão genital e a redução da libido”, explica o ginecologista.
A falta de estrogênio resseca e torna a pele mais fina, enrugada, menos elástica e as unhas frágeis. Os pelos pubianos e axilares se tornam mais ralos. O colágeno da área mais profunda da pele começa a ser perdido a uma velocidade média de 2% ao ano, durante os 10 primeiros anos de menopausa. Além disso, as mamas se tornam mais flácidas.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano que passa. Mulheres brancas, de baixa estatura, peso corpóreo baixo e com história familiar de osteoporose são mais suscetíveis. Além disso, mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças cardiovasculares dos homens nessa faixa etária.
Outro fator preocupante, segundo Eduardo Soares, é que as mulheres no climatério estão sujeitas a quadros depressivos, dificuldade de memorização, irritabilidade, melancolia, crises de choro, humor flutuante e instabilidade emocional.
Nesse período da vida da mulher é essencial que familiares tenham paciência e compreensão, principalmente, os companheiros. Pois, além das mudanças físicas, elas estão sujeitas a alterações psicológicas.
Por tratar-se de um processo inerente a todas as mulheres o ginecologista salienta a importância das visitas regulares ao consultório médico. “Com dieta equilibrada, reposição de cálcio, uso de vitamina D, terapia hormonal (quando necessário) e atividade física é possível ter mais qualidade de vida nesse período”, recomenda.
Antes de entrarmos neste assunto é bom explicar: climatério e menopausa não são a mesma coisa. Climatério é uma fase de limites imprecisos na vida feminina e compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Menopausa, ao contrário, tem data para começar: a da última menstruação da vida.
De cada quatro mulheres, pelo menos três, experimentam sintomas desagradáveis no climatério, conforme dados do Ministério da Saúde. As ondas de calor são os mais típicos, na verdade, estão presentes em 60% a 75% das mulheres.
![IMG_4936 copiar](http://www.cariacica.es.gov.br/wp-content/uploads/2015/03/IMG_4936-copiar1-300x200.jpg)
Segundo ele, para amenizar esses sintomas, o climatério necessita de avaliação médica e tratamento específico. Pois a queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Por conta disso, podem surgir incontinência urinária, ardência ao fazer xixi, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos ginecológicos.
Isso acontece porque os músculos que formam a área responsável pela sustentação dos órgãos genitais e bexiga enfraquecem e pode ocorrer “queda” do útero e bexiga. “Junto com esse quadro, há o ressecamento do órgão genital e a redução da libido”, explica o ginecologista.
A falta de estrogênio resseca e torna a pele mais fina, enrugada, menos elástica e as unhas frágeis. Os pelos pubianos e axilares se tornam mais ralos. O colágeno da área mais profunda da pele começa a ser perdido a uma velocidade média de 2% ao ano, durante os 10 primeiros anos de menopausa. Além disso, as mamas se tornam mais flácidas.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano que passa. Mulheres brancas, de baixa estatura, peso corpóreo baixo e com história familiar de osteoporose são mais suscetíveis. Além disso, mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças cardiovasculares dos homens nessa faixa etária.
![Casal de meia idade](http://www.cariacica.es.gov.br/wp-content/uploads/2015/03/Casal-de-meia-idade-300x182.jpg)
Nesse período da vida da mulher é essencial que familiares tenham paciência e compreensão, principalmente, os companheiros. Pois, além das mudanças físicas, elas estão sujeitas a alterações psicológicas.
Por tratar-se de um processo inerente a todas as mulheres o ginecologista salienta a importância das visitas regulares ao consultório médico. “Com dieta equilibrada, reposição de cálcio, uso de vitamina D, terapia hormonal (quando necessário) e atividade física é possível ter mais qualidade de vida nesse período”, recomenda.