Cariacica promove educação para relações étnico-raciais

O ambiente escolar é uma boa oportunidade para a promoção da cidadania, como é o caso da reflexão sobre as relações raciais. Para atender a essa demanda, profissionais da educação de Cariacica, e também da sociedade civil, participaram de mais um encontro do Grupo de Trabalho Currículo da Educação Étnico-Racial, cujo objetivo é problematizar o papel da Educação no processo de construção do respeito às diferenças e sua importância estratégica no enfrentamento à discriminação e preconceito racial. O projeto atende aos dispositivos das Leis Federais 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatória a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. A carga horária total do Grupo de Trabalho (GT) é de 40h, sendo 32h presenciais e 8h não presenciais. O próximo encontro será realizado no dia 17 de junho (quarta), das 18h às 21h30.

No encontro que ocorreu nessa quarta (13), na Secretaria Municipal de Educação, alguns palestrantes puderam expor seus conhecimentos e abrir espaço para que os participantes pudessem tirar dúvidas e iniciar discussões.  Um dos palestrantes foi o sociólogo Felipe Moura, que abordou a história da Lei Áurea e as mudanças que ocorreram. “Mesmo com a mudança da lei, as pessoas demoraram a se libertar, a reconhecer seus direitos, isso ocorreu quase 100 anos depois”, explicou o sociólogo que prefere atrair as pessoas para o tema, instigando-as de forma que queiram saber mais e, assim, pesquisarem sobre o assunto posteriormente.

O professor de Práticas Filosóficas e Ciências Sociais, Olímpio Muniz, compôs a Mesa e abordou o assunto das cotas para afrodescendentes. Em sua visão, as cotas ajudam uma parcela da população que é, historicamente, desfavorecida, pois de acordo com o cenário vivido, tais pessoas sofrem preconceito.