Mil dias de desafios, conquistas e obras em Cariacica

O que você fez nos últimos mil dias? Quantos problemas precisou resolver, quantos projetos concluiu? Ao responder a essas perguntas pode haver surpresa com algumas coisas que andaram muito bem, mas também pode-se avaliar que outros desafios ainda não se desenvolveram. Na administração de uma cidade, estas perguntas também são cabíveis


Neste domingo (27), Cariacica chega a marca de 1.000 dias da atual gestão que entregou muitas obras, serviços e soluções, mas também passa por desafios diários como a crise e a falta de recursos, ou a pouca infraestrutura da cidade. Em números, a cidade ganhou 320 novas obras concluídas, projetos de investimento em parcerias com os governos Estadual e Federal e projetos e serviços que promovem a melhoria da qualidade do cariaciquense.


Para falar sobre os desafios de gerir a cidade, o prefeito Geraldo Luzia Junior concedeu uma entrevista na qual fala sobre os maiores obstáculos e como tem encontrado saídas para fazer Cariacica se desenvolver.


Quais as principais dificuldades Cariacica encontrava no início da administração?
No início da gestão, em janeiro de 2013, identificamos que a crise hoje alardeada já estava batendo à porta das cidades. As cidades da Grande Vitória sofreram com a perda do Fundap e de royalties de petróleo, que geraram menor arrecadação de impostos, principalmente ISS advindo dos portos secos que temos. Enquanto em 2012 a Prefeitura possuía capacidade de investimento próprio de R$ 60 milhões, em 2013 tivemos apenas R$ 8 milhões.


Qual a saída utilizada para sair desta situação?
Precisamos tomar atitudes de economia e pensar a médio e logo prazo, como deve ser pensada uma boa administração. Uma situação que tínhamos era falta de projetos para as obras que a cidade necessitava. Portanto, criamos duas frentes de projetos, uma na secretaria de Obras e outra na Companhia de Desenvolvimento da Cidade. Até o fim de 2014, elaboramos mais de R$ 120 milhões em projetos, que cadastramos nos sistemas de convênio dos governos do Estado e Federal. Entre as conquistas, por conta desta política, fomos contemplados com a UPA Tipo III de Flexal e o 1º Ginásio Poliesportivo do município, ambos com recurso da União.


E quais as principais ações de economia implantadas?
No fim de 2013 terminamos o projeto para a reforma administrativa, implantada gradativamente até início de 2014. Com isso conseguimos diminuir sete secretarias e extinguir 82 cargos comissionados. Mas a crise arrochou e até agora continuamos fazendo ajustes, buscando mais economia e eficiência, para não deixar o padrão dos serviços diminuir. Buscar soluções inovadoras foi a saída, como os investimentos em geomanta e moto-fumacê, que produziram um grande efeito para a população com menor custo para a Prefeitura. Este é o papel do gestor, saber investir certo para alcançar os melhores resultados. Para isso, é essencial estar cercado por uma equipe qualificada e motivada, como temos em Cariacica.


Depois destes 1.000 dias, quais os maiores desafios da cidade?
O maior problema da cidade é a falta de infraestrutura em muitos bairros, como drenagem, pavimentação, equipamentos de lazer. E para minimizar isso é preciso uma arrecadação maior, que permita maior poder de execução de obras, fiscalização mais eficiente e melhores serviços para a população.


O contato com o setor empresarial e de investidores é feito desde o início da gestão para promover esta sinergia. Em menos de três anos, foram inaugurados um shopping center, iniciadas obras no primeiro hotel de grande porte, construído atrás da Prefeitura. Além disso redes de supermercado vieram para a cidade, vendo o potencial que o nosso mercado consumidor possui. Outro ponto importante neste viés de planejar o crescimento é a projeção do pólo empresarial, às margens da Leste-Oeste, que redireciona o crescimento ordenado de Cariacica. Deve seguir, com infraestrutura para indústrias e empresas de médio e grande porte nos corredores Leste-Oeste e Contorno, vias que ligam a municípios vizinhos e têm espaço para estes empreendimentos.


Este tipo de planejamento proporciona também valorização dos imóveis de bairros vizinhos e impulsiona investimentos. Reconhecendo este esforço o governo do Estado direcionou os investimentos para a conclusão da Leste-Oeste e a construção do Hospital Geral, em torno de R$ 190 milhões.