Fórum Municipal sobre Álcool e Outras Drogas destaca a conscientização como forma de combate
Por Analine Izoton, postado em 09/06/2014
Fotos Claudio Postay
Na abordagem sobre o papel da legislação no uso arriscado do álcool e outras drogas, o coordenador do Núcleo de Prevenção ao Uso e Abuso de Drogas da Superintendência da Polícia Federal do Espírito Santo (PF), Expedito Jorge Tavares de Souza, apresentou as características das substâncias e os problemas que elas causam a saúde do ser humano e as Leis relacionadas ao tema. Além disso, motivou a atuação do Conselho Municipal Sobre Drogas. O encontro, ocorrido na última sexta-feira (6), na sede da Prefeitura de Cariacica, também teve a contribuição do gerente de Pesquisa, Estudo e Divulgação da Coordenação Estadual Sobre as Drogas, Norlen Apelfeler, que explicou o funcionamento do serviço de acolhimento para dependente químicos do Programa Rede Abraço.
Há 35 anos desenvolvendo o trabalho de conscientização sobre o assunto, Souza expôs seu conhecimento. Ao iniciar, lembrou que o uso de drogas se faz desde a Antiguidade. Ele destacou que as substâncias já foram usadas em medicamentos, tais como, analgésico dentário, antidepressivo, entre outros. “Conforme a ciência foi descobrindo que essas substâncias causavam mais dano do que benefícios à saúde, elas foram sendo proibidas”, contou.
Conscientização
Além de apresentar os problemas que as drogas lícitas e ilícitas causam na saúde do usuário, o palestrante indicou que o combate ao uso deve levar em conta o que esta significa para o usuário. “O problema está na pessoa que está fazendo o uso. A droga tem algum significado para o usuário. Ele talvez acredite que ela vai deixá-lo mais solto, vai tirar a inibição e a insegurança, fazê-lo encarar as dificuldades e os medos. O negócio é descobrir qual a função da droga para aquela pessoa, para então tentar fazer um trabalho para que esta tenha uma outra ideia ou concepção sobre o uso”, apontou Souza.
Tratamento
Na ocasião, Norlen Apelfeler apresentou o trabalho realizado na Rede Abraço, por meio do Centro de Acolhimento para Dependentes Químicos do Estado. “O serviço possibilita a opção de tratamento de forma voluntária, em comunidades terapêuticas credenciadas com o Estado. O primeiro contato é realizado no Centro de Acolhimento, onde é feita uma triagem por uma equipe formada por profissionais da área de serviço social, psicologia, medicina clínica e psiquiátrica que define o melhor serviço a ser encaminhado”.
Por fim, Souza encerrou o encontro motivando a atuação do Conselho Municipal Antidrogas. Segundo ele, o conselho precisa se ativo para alcançar seus objetivos. E citou o exemplo do trabalho desenvolvido pelo Conselho Estadual Sobre Drogas (COESAD) que sugeriu a criação de uma subsecretaria sobre as drogas ao Governo do Estado.
Para a integrante do Conselho Municipal Sobre Drogas de Cariacica, representante da área de Saúde, Sanny Ferreira de Jesus, o momento é valioso para o município. “Este é um assunto extramente complexo, diário em todos os serviços, por isso, acredito que é importante ser discutido. Neste encontro, a explanação do representante da Polícia Federal sobre a utilização, a legislação e a indicação de alternativas de como ele desenvolve o trabalho preventivo contribuiu muito. Assim, como a apresentação do serviço de acolhimento oferecido pelo Governo do Estado. O debate é favorável, pois Cariacica é um dos poucos municípios que possui um conselho antidrogas”, considerou.