Visita técnica mostra andamento das obras do Centro Cultural Frei Civitella di Trento
Por Marlon Marques, postado em 18/06/2014
Fotos Claudio Postay
Cimento, madeira, poeira e ferramentas. O Centro Cultural Frei Civitella di Trento hoje é um canteiro de obras, mas que enche os olhos de quem mais sonha com um espaço de fomento à cultura na cidade de Cariacica. Mesmo inapto a receber as produções locais no momento, é a esperança de que Campo Grande e a cidade tenham, em sete meses, sua casa da cultura novamente em funcionamento.
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Arquiteto e engenheira responsáveis pela obra mostraram em detalhes o andamento da reforma do Centro Cultural Frei Civitella di Trento, em Campo Grande.
Foi o que disseram o arquiteto Patryck Machado de Almeida e a engenheira civil Julliana Almeida Poltronieri, responsáveis pela obra, durante a visita técnica realizada na manhã desta terça-feira (17). Estiveram presentes o prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia Júnior, os secretários de Cultura, Carlos Délio, e de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Carlos Renato Oliveira, além de artistas do município.
A obra, inicialmente, foi planejada para ser executada em 12 meses, porém readequações de projeto foram necessárias, o que gerou o atraso. Ela deverá ser entregue em fevereiro de 2015, planeja o arquiteto. Segundo os responsáveis, construir aproveitando uma estrutura pré-existente cria obstáculos. “Construir do zero sempre é mais fácil, mas entendemos que a estrutura que já havia não poderia ser desperdiçada. São vãos livres muito grandes. Surgiram intervenções que não esperávamos, mas foram contornadas”, explicou Almeida.
A cobertura do centro era complexa, mas já está concluída. Outra dificuldade foi apresentada na implantação do elevador, de três níveis, na entrada do prédio. Ele faz parte das intervenções que garantirão acessibilidade a todas as pessoas. Haverá também um outro sistema elevatório no palco e banheiros para cadeirantes nos dois pavimentos.
A reforma contempla ainda climatização dos ambientes, palco e camarins mais amplos, aumento da capacidade para 174 espectadores, local para oficinas de arte e cultura em geral, isolamento acústico, nova fachada e decoração em gesso.
Artistas
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O trabalho mais recente de Carlos Oliveira foi o CD Pedra Irmã. O cantor já se imagina apresentando seu trabalho no novo palco do Centro Cultural Frei Civetella di Trento.
Pisar no canteiro de obras já foi o suficiente para a classe artística cariaciquense. O músico Carlos Oliveira, que já se apresentou no antigo espaço em 2006, sonha em voltar a mostrar seu talento após a reinauguração. “É uma obra importantíssima, que permitirá que artistas da música e de outros setores da cultura consigam dar retorno para seu povo. Toquei aqui em 2006, quando a estrutura era péssima. Agora, já me vejo no palco com tudo pronto”, contou.
Ele lembra que seu último trabalho, o álbum “Pedra Irmã”, foi todo feito na cidade, produzido com recursos da Lei Municipal João Bananeira de Incentivo à Cultura, e com bônus trocados com empresa local. Mas o lançamento precisou ser no Teatro Carlos Gomes, em Vitória. “Não havia um local para apresentar na cidade. Mas, agora, este tempo passou e em breve teremos nosso espaço”, complementa.
Quem viu tudo do zero também está ansioso. É o caso do secretário de Cultura, Carlos Délio. “Vi o início da primeira obra, em 1990, mas ver o revigorar deste moderno local de espetáculos aqui é a primeira parte de um sonho concretizada. Depois disto, só nosso teatro municipal mesmo”, avalia.
A visita ocorreu no mesmo dia em que o prefeito se reuniu com a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Cariacica, para discutir, entre outros assuntos, a revitalização do centro comercial de Campo Grande. Para Juninho, o novo centro cultural faz parte desta revitalização.
“Este processo passa pelo comércio e trânsito, mas também pela arquitetura, produção cultural e pelo social. E isto tudo está presente no centro cultural. O projeto, desde a origem, previa que o espaço se transformasse em local de eventos, mas também de ações constantes e transformadoras de educação, de formação”, afirmou.
A reforma do centro está avaliada em R$ 1.861.254,42. A empresa responsável é a Engma Contruções e Serviços.