Agricultura familiar entrega produtos no banco de alimentos

A quarta-feira (20) foi um dia de muita movimentação no banco de Alimentos Josué de Castro, localizado em Jardim América. Isso porque 113 produtores rurais entregaram 24.621 toneladas de alimentos in natura e agroindustrializados que serão destinados às famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem melhorado a vida de diversos produtores rurais por meio da compra desses alimentos que fomentam a agricultura familiar da cidade. O programa é um convênio entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap) com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).


IMG_7451 copiarNo total, 228 pessoas da agricultura familiar estão cadastrados no programa. “Fico muito honrado de produzir alimentos que serão entregues a famílias carentes e entidades. Isso é motivador e até cultivamos o alimento com mais carinho”, diz o produtor rural, Edilson Teixeira Pereira, 45. Ele é agricultor da região de Cachoeirinha e afirma que percebe o desenvolvimento da área rural com o auxílio da secretaria. O produtor  rural entrega coco, mamão, raiz de mandioca e banana, entre outros alimentos. Além de fornecer alimentos para o PAA também abastece  o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). "Os programas incentivam os agricultores a investirem na produção. Há pessoas que estão saindo da cidade e voltando a trabalhar na área rural", conta.IMG_7458 copiar


O produtor rural, Lindomar Coutinho, 46, destacou que, dessa vez, entregou banana prata e nanica, mas sempre varia nos alimentos de acordo com os pedidos do PAA. O agricultor também produz alimentos orgânicos e garante que na próxima entrega terá aipim e cebolinha. Lindomar dedica, em média, cinco horas do seu dia para cuidar da lavoura. “O programa nos auxilia muito financeiramente e isso ajuda bastante a produção”, frisa.


IMG_7461 copiarEduardo Geraldo Facco, 22, também participa do PNAE e comercializa seus produtos na feira aos domingos para complementar a renda. No ano de 2014 houve uma tragédia na produção do agricultor. “Há dois anos, o bananal foi atingido por um incêndio que destruiu toda a produção, foi um período muito difícil”, explica o produtor que passou por muitas dificuldades após perder a maior fonte de renda de sua propriedade. Em novembro do ano passado, o bananal voltou a produzir. “Minha mãe e eu trabalhamos por mais de um ano para recuperar o bananal, pois a recuperação é lenta. Pagar alguém para fazer o serviço gera um custo alto. Mas, no fim, tudo deu certo e, hoje, estamos produzindo normalmente”, conclui.