Porto de Santana recebe soldados do exército para ajudar no combate ao Aedes aegypti

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Soldados do Exército e profissionais da Saúde de Cariacica visitaram as casas de Porto de Santana para orientar os moradores e eliminar focos de mosquito



Soldados do Exército do 4° Batalhão de Infantaria de Vila Velha (BI), junto a agentes de endemias da Prefeitura de Cariacica, iniciaram nesta segunda-feira (23) as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti no Bairro Porto de Santana, em Cariacica. A Prefeitura está intensificando as ações de eliminação de focos do mosquito no município e os trabalhos já foram realizados este ano nos bairros Nova Rosa da Penha I e II, mas sem a presença do Exército. A Prefeitura também utilizou na ação um drone para circular na região e identificar, do alto, as casas cuja caixas d’ água estivessem sem tampa.

O grupo se encontrou, às 8 horas, em frente à Igreja Santo Afonso e, depois de se dividirem em equipes, seguiram com a ação até às 13 horas. As equipes manterão um cronograma de visitas às casas de Porto de Santana e também do Bairro Nova Canaã até sexta-feira (27). Na próxima semana, de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, as equipes seguirão para os bairros Jardim Campo Grande e Padre Gabriel.

IMG_5440São cerca de 60 pessoas, sendo 30 do Exército e o restante formado pelos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, participando do mutirão de combate ao mosquito transmissor da Dengue e das febres Zika e Chikungunya. O objetivo da Secretaria municipal de Saúde é o de realizar estas ações em todo o município. O cronograma de trabalho para abranger todas as regiões da cidade ainda está sendo elaborado pelo Cômite da Dengue.

“ Escolhemos Porto de Santana para começar os trabalhos deste ano junto ao Exército porque o resultado no bairro do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypt (LIRAa), que avalia o índice de infestação por localidade, foi alto. Também foram levados em conta a análise técnica dos pontos de infestação da região, além do número de casos de dengue”, explicou o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Luiz Roberto Meneghel.

Ação

IMG_5453Para o   1° tenente Lucas Teixeira Gorini, coordenador da equipe do Exército, é  importante se trabalhar com a orientação dos moradores. "Temos que unir forças, por meio da informação, para impedir o aumento das doenças causadas pelo vetor", disse.

“Os soldados do Exército e os funcionários da Prefeitura vistoriam as casas e orientam os moradores a cuidarem da limpeza de suas residências e quintais. Os agentes trabalham com larvicida, eliminando os focos que encontram nos locais visitados. Mas é importante ressaltar que o combate ao mosquito causador da dengue, zika e chikungunya não é de competência somente do Poder Público, mas de toda a população”, ressaltou o subsecretário da Saúde, Jocemir Joaquim da Silva, que esteve presente à abertura dos trabalhos.

Limpeza de focos

IMG_5447Não foram encontrados focos na casa do aposentado Edízio Ribeiro, 75, residente na Juventino Roberto da Silva. Ele e mulher, a dona de casa, Rita de Cásia Amorim, 53, contaram que limpam sempre o quintal da casa e colocando terra em vasos, para impedir que acumulem água. “ Eu lavo todos os dias, com bucha, as vasilhas com água e comida dos cachorros. Tive dengue há 11 anos e desde então faço tudo para não deixar focos do mosquito na minha casa”, contou a dona de casa.

IMG_5457A filha de Rita, a porteira e vigilante Andréia Souza, de 29 anos, segue a mesma rotina da mãe, de limpar possíveis focos do mosquito do seu quintal, atenta a não contrair nenhuma doença causada pelo mosquito. “Eu tenho bromélias, que ouvi dizer que pode conter focos. Por isso, estou sempre limpando as folhas. Não quero que minhas filhas corram o risco de contrair a doença”, garantiu a moradora.
O lixo é o principal aliado do Aedes aegypti. Mais de 70% dos focos desse mosquito estão dentro das casas. O vetor gosta de lugares que contenham água parada. Por isso, realizar a limpeza de casas e quintais é de extrema importância. O combate ao mosquito é mais fácil na fase de larva, uma vez no ar, fica mais difícil exterminá-lo. Em 45 dias um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.