Ceramista Elaine Sohelo celebra João Bananeira com minimáscaras

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A ceramista e artista plástica Elaine Sohelo levará 2 mil minimáscaras de João Bananeira para a festa do congo de Roda D'Água na segunda-feira



Quem for para o Carnaval de Congo de Máscaras na segunda-feira (24), em Roda D'Água, vai poder levar uma lembrança do João Bananeira para casa. E mais ainda: ter a certeza de que contribuiu para deixá-la ainda mais bonita. A artista plástica e ceramista Elaine Sohelo estará num estande levando a sua arte e sua forma de homenagear a maior festa da cultura popular de Cariacica. O trabalho de Elaine são minimáscaras em cerâmica terracota, inspiradas nas máscaras tradicionais que escondem quem se disfarça do brincante João Bananeira. Elas serão coloridas pela criançada e por quem quiser participar de uma oficina de pintura, organizada pela própria artista. "É a minha contribuição para a festa da região. Meu trabalho se complementa com a mobilização das pessoas  em torno do que faço. Principalmente as crianças. É uma grande satisfação saber que muitas delas, nesta oficina, terão seu primeiro contato com o nosso congo de uma maneira lúdica e terão uma memória afetiva alegre do Carnaval de Congo", observa. IMG_9380 copiar

O projeto ganhou recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura João Bananeira na ordem de R$ 28.029,50. A artista esculpiu 17 mil máscaras. Elas serão repassadas a projetos culturais e educacionais que terão o apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semcult). Para a festa serão disponibilizadas duas mil.

Mestre Zuilton

Quem promoveu o encontro de Elaine com a cultura do congo foi o escultor e artista da cidade Zuilton Ferreira. Natural de São Paulo, a ceramista veio para o Espírito Santo na década de 90 do século passado, residindo atualmente no bairro Itapemirim. Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), foi se encantando com temas da cultura popular. Ela já tinha um trabalho figurativo envolvendo personagens das festas folclóricas.  Até que conheceu Zuilton. "Ele tomou como missão pessoal tornar o congo mais conhecido e amado. Ele que criou essas minimáscaras e já fazia há anos. Quando conheceu meu trabalho, ele me incentivou que eu continuasse o seu projeto, esculpindo essas obras delicada mas, ao mesmo tempo, cheias de significado para Cariacica, que vê no congo orgulho e melhoria na autoestima da cidade", opina.