Motoristas são abordados em campanha educativa contra exploração sexual
Por Jovana Mazioli Saccani, postado em 18/05/2017

Na campanha de abordagem educativa foram distribuídos folders com orientações sobre a importância do tema, alertando a população sobre os canais de denúncia para a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes no Estado.
“Há alguns anos a PRF incluiu o dia 18 de maio no calendário de ações contra a exploração infantil no Brasil, assim o projeto Mapear, que ocorre durante todo o ano e que tem como objetivo mapear os pontos vulneráveis à exploração e abuso sexual infantil ao longo das rodovias federais do País. A campanha de conscientização é muito importante para que a população denuncie este tipo de violência”, ressaltou o inspetor Rodrigo Espíndula Bonfim, chefe do Setor de Policiamento e Fiscalização da PRF no Estado.
Ação integrada

“Esta ação integrada é importante para conscientizar não só os motoristas, mas toda a população sobre este problema, que é muito próximo a todos nós. É o momento de divulgar que existem canais de denúncia para esta violência, como o Disque 100”, explicou a secretária de Desenvolvimento Social (Semdes), Cristina Elmor.
Depois que a denúncia é confirmada, a Prefeitura, por meio do Setor de Proteção de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) da Semdes, realiza o acompanhamento psicossocial das vítimas da violência e de suas famílias.
Quando há suspeita de violência sexual, é importante acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico, enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias: Conselhos Tutelares, Delegacia de
Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (PJDIJ), 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ) e o Disque 100.
No Brasil, o “Disque 100”, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, é um serviço de recebimento, encaminhamento e monitoramento de violações de Direitos Humanos, em especial as que atingem populações com vulnerabilidade acrescida, como: crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, LGBT, pessoas em situação de rua e outros.
Dia 18 de maio
A data foi instituída em 1973, depois de um crime bárbaro que vitimou uma menina de apenas oito anos aqui no Estado, o “caso Araceli”. A criança foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada.
A partir deste caso, a Lei Federal 9.970/2000 estabeleceu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, e o dia 18 de maio tornou-se um dia de luta e conscientização da sociedade a essa prática que, dia a dia, atinge centenas de crianças e adolescentes. A data vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.
A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança. Também tem como objetivo proporcionar maior proximidade e identificação junto à sociedade e a causa.