Fórum Mobilização estimula secretarias a contribuir com o processo educacional em Cariacica
Por Marketing, postado em 03/07/2014
Fotos Lucas Calazans
![O Fórum Mobilização visa ampliar os projetos de atividades complementares ao ensino, com parcerias de outras secretarias, comunidade e empresas](http://www.cariacica.es.gov.br/wp-content/uploads/2014/07/IMG_0488.jpg)
O Fórum Mobilização visa ampliar os projetos de atividades complementares ao ensino, com parcerias de outras secretarias, comunidade ou empresas
Com 44 mil alunos matriculados na rede municipal, Cariacica tem uma das maiores demandas escolares da Grande Vitória. O município conta com 102 unidades de ensino, dois anexos e 4 mil profissionais envolvidos direta ou indiretamente na Educação. Mesmo assim, a atenção deve ser ainda maior. Visando integrar outras secretarias, empresas e comunidades, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) realizou nesta quarta (2) o Fórum Intersetorial do projeto Mobilização, no auditório da Arcellor Mittal, no bairro Vasco da Gama.
A abertura do Fórum foi com a apresentação do coral da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Joana Maria da Silva, composto por crianças do 2° ao 5° ano que desenvolvem atividades extracurriculares pelo projeto Semearte. Na plateia estavam educadores, diretores das escolas, pais de alunos, monitores e oficineiros voluntários do Semearte, além de representantes de outras secretarias como Cidadania e Trabalho (Semcit), Meio Ambiente (Semmam), Segurança (Semsep) e Serviços (Semserv). A proposta era convidar os principais atores sociais do município a desenvolver projetos que possam ser incluídos nas estratégias de ensino dos alunos da rede municipal.
Para a subsecretária de Educação, Patrícia Rufino, o encontro é um importante passo para ampliar o número de atividades complementares nas escolas. "Temos trabalhado para levar o máximo de conhecimento para os nossos alunos. Já contamos com projetos como o Semearte, Mais Educação e o Escola Aberta, que levam oficinas nos horários que os alunos não estão em aula. Também temos uma gerência específica para tratar da Educação Integrada, além de empresas e artistas parceiros que desenvolvem ações dentro das escolas. Aumentar e qualificar essas inserções fazem parte das prioridades da gestão", conta.
Todo mundo pode ser útil na construção do ensino público. Prova disso é a história da dona de casa Elisane Andrade, moradora do bairro Jardim de Alá. Com o filho estudando no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Abílio Luiz Fagundes, voluntariamente ela desenvolveu um projeto de música com outros alunos da comunidade. "Nas reuniões com a escola eles abriram espaço para quem tivesse algo para contribuir com o ensino. Como já tinha um certo conhecimento com música, disse que poderia ajudar, atuando dentro do projeto Mobilização e ensaiando apresentações musicais com as crianças. A experiência tem dado certo tanto para escola, como para mim. Tem sido maravilhoso trabalhar com esses meninos. Descobri uma vocação e pretendo agora iniciar os estudos na área pedagógica", revela.
Representando a Semmam, a bióloga Cristina Mazioli explica que além de levar um conhecimento especializado, com informações de outras secretarias para os estudantes, a escola também pode contribuir para a formação dos projetos das secretarias, com as sugestões e necessidades da comunidade onde está localizada. "Esse contato intersetorial é algo fundamental para o crescimento de Cariacica, pois oferece para as crianças e os jovens a oportunidade de receber o conhecimento de diversos setores do município. Além disso, as escolas, por meio dos pais dos alunos, podem agregar às pesquisas de cada secretaria, pois pode oferecer informações importantes à respeito da comunidade, que vão fazer todo o diferencial no desenvolvimento de um projeto", afirma.
Diretora da Emef Joana Maria da Silva, em Castelo Branco, Alessandra Fonseca reforça que o ensino que estes parceiros levam para as escolas é uma via de mão dupla. "É um caminho que começa a ser aberto entre as outras instâncias do município, a comunidade e as unidades de ensino, com trocas de ideias e informações vindo em todos os sentidos. É um desafio e uma luta contínua para estabelecer este sistema, mas, no final, todo mundo sai ganhando", completa.
O projeto Mobilização atua em 13 escolas do município e é desenvolvido com o apoio da Arcelor Mittal e de outras instituições parceiras. Além da realização de palestras e fóruns para a formação de diretores e pedagogos, o Mobilização ainda distribui cartilhas para as escolas, direcionadas para esses profissionais. Nelas, são tratadas as formas de incentivar maior participação das comunidades na vida escolar. O objetivo do projeto é melhorar a aprendizagem dos alunos, criando uma rede de atores municipais. Ao todo, 8263 alunos são atendidos pelo projeto.