Seminário apresenta mapa cultural de Cariacica

O Seminário "Cultura, Cidade e Desenvolvimento", em sua abertura na noite de terça-feira (07), apresentou o Mapa Cultural de Cariacica. O evento, que se encerra nesta quarta (08), no Centro Cultural Frei Civitella, em Campo Grande, é uma realização do Galpão Cine Horto, de Belo Horizonte (BH), com patrocínio da ArcelorMittal e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura (Semcult), anfitriã do encontro. A solenidade que deu início aos trabalhos contou com a participação do vice-prefeito, Nilton Basílio, do secretário municipal de Cultura, Erildo Denadai, da presidenta do Conselho Municipal de Cultura, Renata Weixter, e de representantes da ArcelorMittal. Uma apresentação da cantora lírica Natália Hubner, acompanhada pelo maestro e IMG_0013 copiarpianista Cláudio Thompson, deu início aos trabalhos. Foram executadas obras de Villa-Lobos e Puccini.IMG_0087 copiar

O mapa foi o resultado de um extenso trabalho de pesquisa que durou de agosto a novembro de 2016. Procurou enumerar e detalhar as atividades e grupos artísticos do município a partir das declarações dos próprios artistas e dos produtores culturais em atividade. Estes responderam a um formulário on line após mobilização dos pesquisadores mineiros e profissionais da Semcult. A elaboração desta inédita fonte de pesquisa para a cidade fez parte do Programa de Capacitação de Produtores e Gestores Culturais, outra atividade desenvolvida pelo Cine Horto junto à comunidade artística local e que se conclui neste seminário.

Na apresentação, a coordenadora da atividade, a professora e antropóloga Clarice Libânio esclareceu que o mapeamento não é algo que já está encerrado. "Cariacica é riquíssima em atividades culturais e fazer artístico. Não está representado aqui tudo o que a cidade possui. Mas é um passo importante para se ajudar a criar um banco de dados, algo que não existia, e que irá se completando com o passar do tempo, inserindo mais informações", destacou.

IMG_9956 copiarQuem detalhou os dados do Mapa Cultural foi a pesquisadora e uma das alunas do curso, Zalém Ramiro. "Atualmente, estamos com 229 registros, organizados em duas vertentes: a de espaços culturais e grupos e a de artistas individuais e produtores. Esses registros estão abrangendo um universo de 70 bairros da cidade", detalhou. Pelo mapa,  a modalidade artística que possui maior número de registro é a da música: foram 69, seguido de manifestações populares ou folclore (34) e teatro (28).

A região onde se concentrou mais artistas foi a de Campo Grande. O bairro possui 66 registros de expressões culturais. O mapa estará disponível para consulta a partir de 2018.

A noite se encerrou com a primeira mesa de debates, sob o tema "Ações transversais no setor cultural", com a participação do administrador, produtor e gestor cultural, Romulo Avelar, atual presidente da Fundação Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte, e a professora e pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará e diretora do Observatório de Governança Municipal do Instituto de Planejamento de Fortaleza, Cláudia Leitão.