Programa Vida Nova Cariacica, em parceria com o Projeto Envios Possíveis, oferece oficina de artes como ferramenta de transformação para pessoas em situação de rua
Por Joviana Venturini, postado em 18/08/2021
Fotos Claudio Postay
Quando era pequeno, Aloísio Fugulim, de 45 anos, admirava os desenhos que um dos seus irmãos fazia, principalmente os super-heróis e vilões criados por ele. Ele se encantava com as cores e formas que o irmão colocava no papel e recordar essas imagens traz ótimas lembranças da época que viviam o interior.
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Aloísio é um dos 40 atendidos no Acolhimento Institucional para Pessoas Adultas em Situação de Rua, em Campo Grande, e hoje também consegue se expressar de forma artística no Ateliê Livre Expressão, que acontece em parceria com o Programa Vida Nova Cariacica, lançado em julho pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
“Pra mim, poder colocar as cores no papel é uma experiência nova. E eu consigo fazer parecido com o que meu irmão fazia”, avalia Aloísio, que há um ano e meio é atendido no abrigo municipal.
O ateliê que oferece oficina de artes no abrigo faz parte do Projeto Envios Possíveis, que foi viabilizado por um edital do Governo do Estado e é executado por estudantes da Faculdade Multivix. Os acolhidos também são orientados na prática de colagem, pintura, desenho e também participarão de cineclubes.
“Nós acreditamos que a arte tem o poder de cura e que a produção estética e cultural das pessoas que estão à margem da sociedade também importa. Por meio da arte, eles podem expressar quem eles são”, pontuou Alana Simões, psicóloga. Ela é uma das oficineiras, juntamente com Re Henri, psicóloga e artista plástica; e Marcela Matos, pesquisadora e produtora cultural, além de estudantes da Multivix.
“As oficinas possibilitam que os atendidos se expressem e nos deem pistas de suas habilidades e expectativas para que possamos ajudá-los a construir novos projetos de vida”, destacou Luiz Melo, que é referência técnica do Vida Nova Cariacica.
Melo explica que procurou a parceria do Envios Possíveis porque o projeto tem a mesma proposta da iniciativa municipal, que é utilizar a arte e a cultura como ferramenta de transformação.
“Todas as semanas 20 atendidos pelo abrigo participam das oficinas. Começamos há 20 dias e já percebemos o engajamento dos acolhidos. Também já identificamos pessoas com perfis para serem inseridos no mercado de trabalho”, acrescentou.
Após as 37 sessões do Ateliê Livre Expressão, o material produzido pelos atendidos pelo abrigo vão fazer parte de uma exposição e um catálogo com as obras.
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