Borboletário na escola: projeto dá asas ao aprendizado e ensina ciclo da vida para alunos de Cariacica
Por Thaiz Blunck , postado em 31/10/2024
Fotos Cláudio Postay
As aulas dos alunos do 2º ano do ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Valdice Alves Baier, no bairro Areinha, em Cariacica, ganharam asas — literalmente! Tudo começou em julho deste ano com o projeto de horta escolar, onde as crianças plantaram e já até colheram alface, salsa e cebolinha, cuidando do solo, das plantas e levando mais verde para a área externa da escola.
Mas, no meio de algumas folhas, surgiram também algumas “visitantes” inesperadas: as lagartas. Embora, a princípio, esses pequenos habitantes tenham gerado preocupação, a professora Katiuscia Falher viu ali uma boa oportunidade e decidiu colocar em prática o projeto de borboletário.
A ideia, inspirada na experiência de sua irmã, também professora, surgiu como uma forma de transformar o que parecia um problema em uma aula de vida bem mais dinâmica e divertida para as crianças.
"Esse projeto nasceu no coração da minha irmã, que também é professora e desenvolve todo ano com os alunos dela de lá. Quando eu cheguei aqui e vi que temos horta, pensei em cuidar dela retirando as lagartinhas, porque elas acabam destruindo a nossa horta. Mas, ao invés de exterminá-las, criamos o borboletário para mostrar o ciclo da vida aos alunos", explica a professora
Desde setembro, os alunos acompanham passo a passo da transformação das lagartas em borboletas. Além de cuidar da horta, agora elas observam cada etapa da metamorfose, compreendendo o ciclo de vida das pequenas criaturas.
Inspiradas pela leitura de livros sobre polinizadores e outros insetos, as crianças também tiveram contato com grilos e lavadeiras, ampliando o aprendizado e a conexão com o mundo natural.
"Com esse projeto, eu aprendi que as lagartas são quase irmãs das borboletas. Elas são muito especiais para mim, gosto muito delas e estou aprendendo muito sobre como elas vivem", diz Rhanielly Helmer, de 8 anos.
A Lara Meliza, também de 8 anos, é outra aluna que está super animada com a novidade em sala de aula. "Eu estou gostando de mexer com a horta, com as borboletas. Gosto de mexer com as lagartas também, sei que elas são legais. Está muito divertido", disse
Para Flaviane Salles, diretora da EMEF, o projeto vem agregar a missão da escola, que é fazer com que os estudantes, de fato, tenham uma aprendizagem significativa em leitura, em escrita e em leitura de mundo.
“O projeto está inscrito no Seminário de Boas Práticas e a ideia é disseminar isso para que ele venha a ter continuidade no município. A ideia é que os alunos entendam também que o processo de escrita e leitura não é do dia para a noite, é como uma transformação de lagarta para borboleta, que precisa aguardar para ser concluído", disse a diretora.

































