Tapete azul para a inclusão: escola municipal celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

O azul tomou conta do pátio da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Orlando Moreira, no bairro Itapemirim, na tarde desta quarta-feira (02). A programação especial foi para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover conhecimento sobre o espectro autista e sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas. 


Assim que chegaram, os alunos passaram por um tapete azul e receberam balões da mesma cor, simbolizando a passagem para um mundo mais acolhedor e inclusivo. As crianças também participaram de atividades lúdicas, incluindo um momento emocionante ao cantar a música “Ninguém é igual a ninguém”.



Os professores também vestiram azul e promoveram um momento de reflexão para as famílias. Os pais participaram de um café da tarde e assistiram a um vídeo educativo sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).


Para quem vive essa realidade diariamente, como a professora Scheila Aparecida Torezani Ferreira, que além de lecionar para o 3º ano é mãe de uma criança com autismo e síndrome de Down, eventos como esse são muito importantes.


 
“Nós tivemos uma palestra muito produtiva e rica sobre o autismo no nosso dia a dia. Como professora, como mãe de uma criança também com autismo e Síndrome de Down, é importante compartilhar os nossos desafios na escola, na nossa família, na nossa casa, como a criança está interagindo com os seus colegas, a sua vivência, as nossas dificuldades e vitórias. Foi super produtivo e tivemos um retorno muito rico com os pais", disse ela. 


A professora de Educação Especial, Shirlei Giane, que também é mãe de uma criança autista, foi homenageada por cumprir tão bem uma missão especial. Emocionada, ela falou sobre a oportunidade de ensinar e, mais do que isso, também aprender com os alunos. 



“É um prazer trabalhar em Cariacica. É o meu segundo ano aqui, graças a Deus, em uma escola maravilhosa, uma equipe maravilhosa, coordenador, diretor, pedagogo que abraça a gente, então trabalhar na Educação Especial para mim é uma honra. Eu também tenho um filho autista. São vitórias, desafios, mas conquistas também, pois nós ensinamos e aprendemos”, disse.


A estagiária de Educação Especial, Carla Silva Lima Costa, mãe de Miguel, de nove anos, destacou como a escola tem um papel essencial nesse processo.



 “Eu sou mãe de uma criança especial e acho muito importante esse laço entre família e escola. Os pais que estavam aqui hoje viram como os alunos são tratados pelas outras crianças. Além disso, as crianças daqui têm empatia umas pelas outras e existe um cuidado especial com cada criança autista que está aqui na nossa escola”, finalizou.