“Outubro Rosa” é aberto em Cariacica com mensagens de prevenção e variados estilos musicais

O coral do Instituto de Previdência de Cariacica se apresentou.FOTO: Semco/Lucas Calazans

O coral do Instituto de Previdência de Cariacica se apresentou.FOTO: Semco/Lucas Calazans


A mobilização pela prevenção ao câncer de mama, batizada de Outubro Rosa, teve início nesta terça-feira (1º), na pracinha de Campo Grande, em Cariacica. O prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia Júnior, falou sobre a saúde da mulher, ressaltando a importância da mesma na sociedade. Ele lembrou também as obras que serão inauguradas em 2013, para melhorar a atenção à saúde no município.


O secretário de Saúde, Nilson Mesquita, destacou que a campanha está apenas começando e fez referência a uma série de atividades que serão oferecidas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em toda a cidade, ao longo do mês. Ele citou a programação especial nas unidades básicas de saúde de Cariacica e o passeio ciclístico, neste domingo (6), para chamar a atenção para a causa. "A campanha está começando, mas a prevenção deve ser feita durante todo o ano", enfatizou.


A abertura oficial contou com muita música, revelando talentos da cidade, na tenda montada na praça. A primeira apresentação foi a do estudante Lucas Mendonça, de 9 anos. Ele chamou a atenção do público, tocando violino. Ele foi acompanhado pelo maestro Ronaldo Sileman no teclado. Sileman coordenada um grupo de música formado pelas crianças do Orfanato Cristo Rei, do qual o pequeno violinista faz parte. Entre peças clássicas e populares, o garoto tocou a famosa “Pompa e Circunstância”, de Edward Elga (1857-1934). Na sequência, foi a vez do coral do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Cariacica (IPC). As integrantes, vestidas com a camisa do Outubro Rosa, trouxeram uma miscelânia de peças, entre composições sacras e do cancioneiro popular. A cantora lírica Elaine Rowena cantou o Hino Nacional. Quem encerrou os show foi a banda de congo São Francisco de Piranema.


Amor e apoio da família


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Diante de toda a movimentação na pracinha, uma senhora discreta e alegre, parecia compreender mais do que todos ali presentes o significado daquela mobilização. O lenço na cabeça já sinalizava que ela sentiu na pele o que estava sendo expresso em palavras. A aposentada Onelina da Silva Barbosa, 66 anos, luta pela segunda vez contra o câncer de mama.


Há oito anos, ela fez a mamografia e viu que havia um nódulo em seu seio esquerdo. Ao descobrir que era câncer, passou por um processo longo até ficar curada. Fez quatro sessões de quimioterapia e 32 de radioterapia. Teve que extrair uma parte da mama. Na época, não pôde contar com o apoio do ex-marido.


Agora, em 2013, ao fazer a mamografia de rotina, foi constatada novamente uma alteração no seio esquerdo diagnosticada como câncer. Mas, desta vez, o desafio de lutar contra a doença teve um apoio especial, o do atual esposo, João Jorge Barbosa. “Ele me dá carinho e compreensão. Me sinto protegida e cuidada ao seu lado. A minha família dessa vez está me dando mais força. Com esse impulso, tenho muito mais vontade de viver", disse a mulher. Ela teve que retirar toda a mama esquerda. Ainda continua com o tratamento.


O marido lembra que este é um problema pelo qual qualquer ser humano pode passar, independente do sexo. "Quando recebi a notícia de que minha esposa estava com câncer de mama, não me espantei. Tratei como algo natural. Hoje em dia, as pessoas estão muito mais informadas sobre essa doença e é preciso ficar atento porque esse é um problema que não pode ser ignorado", avaliou. O casal assistiu à abertura da campanha e Onelina lembra que a mobilização serve para alertar as outras mulheres, para o fato de que elas também podem ter câncer de mama e, portanto, precisam se prevenir.





Informações à Imprensa:
Texto: Verônica Aguiar
Jornalista responsável: Marcelo Pereira