Cuidados na hora de jogar fora lâmpadas, vidros quebrados e lâminas
Por Marketing, postado em 18/09/2013
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Vidros e metais cortantes devem ser enrolados em camadas grossas de jornais ou colocados em caixas de papelão para não ferir os coletores.FOTO: Divulgação
Sem os cuidados necessários, colocar vidro quebrado, lâmpadas ou lâminas afiadas misturados ao lixo representa perigo. Em Cariacica, os chamados materiais perfurocortantes são a maior causa de acidentes com os coletores de lixo. Mudar essa realidade depende de medidas simples. Vidros e metais cortantes ou pontiagudos devem ser enrolados em camadas grossas de jornais ou colocados em caixas de papelão ao serem postos para recolhimento pelo caminhão de lixo.
Na lista do perigo estão vidros quebrados, agulhas, espetos, latas abertas e lâmpadas. Antes de misturá-los ao lixo comum é preciso pensar que profissionais, os coletores, irão manusear as sacolas deixadas na calçada para colocá-las no caminhão. É uma ação de poucos segundos, mas com resultados que podem ser danosos e causar sérias consequências a quem trabalha para manter nossa cidade limpa.
Descartar o lixo de forma segura também é questão de saúde. Então, não esqueça: embale com jornais ou coloque em caixas de papelão tudo que possa ferir quem manuseia o lixo.
Perigos de contaminação
A falta de cuidado ao se desfazer do lixo causa danos não só à saúde dos coletores, mas a qualquer pessoa, aos animais e ao meio ambiente. O perigo aqui não é mais apenas o de se cortar, mas inclui o fato de entrar em contato com substâncias contaminantes. Um exemplo? O processo errado de descarte das lâmpadas que contém metais pesados, como o mercúrio, provoca efeitos toxicológicos, que prejudicam a saúde. Entre os humanos, pode provocar doenças, como bronquite aguda, cefaleia, catarata, tremor, fraqueza, insuficiência renal crônica e edema pulmonar agudo.
A contaminação pode causar, ainda: pneumonia, diminuição da libido e da capacidade intelectual, parestesia (alucinações), insegurança, cegueira, dermatite esfoliativa, gastroenterite aguda, gengivite, nefrite crônica, síndromes neurológicas e psiquiátricas diversas, dano cerebral e físico ao feto, síndromes neurológicas múltiplas, com deterioração física e mental (tremores, disfunções sensoriais, irritabilidade, perdas da visão, audição e memória, convulsões e morte).
Lâmpadas
Uma opção para a destinação das lâmpadas é a reciclagem de seus componentes, basicamente o mercúrio, o fósforo, o alumínio e o vidro. Poucas empresas no país estão qualificadas para esse processo. Um sistema de coleta seletiva de lâmpadas se baseia em recolher as unidades queimadas e acondicioná-las nas caixas das lâmpadas novas (que substituíram as inutilizadas), sendo armazenadas em contêineres especiais, adquiridos das recicladoras. Os contêineres são, então, encaminhados para a unidade de reciclagem.
A Marca Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo em Cariacica, possui uma unidade de resíduos Classe I, Galpão de Estocagem Temporária, onde essas lâmpadas passam por um sistema de tratamento, com tecnologia adequada. Um equipamento especial, conhecido como “Papa Lâmpadas”, é uma unidade móvel com um triturador montado sobre um tambor metálico de 200 litros, com capacidade para até 1.350 lâmpadas fluorescentes de 1,20m, ou três mil lâmpadas fluorescentes compactas. Durante a compactação, um processo de filtragem, com três etapas, remove partículas e gases perigosos.
De acordo com a resolução nº 257/99, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), lâmpadas queimadas devem ser devolvidas aos fabricantes, ao distribuidor ou às indústrias, que são obrigadas a realizarem seu descarte e tratamento adequados. Nos artigos 30 e 33, da lei 12.305/2010, que institui a Politica Nacional de Resíduos Sólidos, fica clara a responsabilidade compartilhada, no que se refere à geração de resíduos. Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, inclusive de lâmpadas florescentes, de vapores de sódio e de mercúrio, e de luz mista, responsáveis pela logística reversa (destinação após o descarte) desses produtos distribuídos no mercado. Esses artigos ainda não foram regulamentados, mas a lei já exige o cumprimento.
(Fonte: Marca Ambiental)
Informações Adicionais:
Texto: Evandro Costalonga
Jornalista responsável: Marcelo Pereira