Arte colaborativa do lixo
Por Marketing, postado em 13/09/2013
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Obra montada com 1022 tampinhas de garrafa Pet alia reciclagem e trabalho colaborativo.FOTO: Semco/Claudio Postay
A sala de alfabetização dos servidores da Secretaria de Serviços e Trânsito (Semset) por alguns dias se transformou em ateliê, porém sem perder da vista o viés da limpeza urbana e tratamento de resíduos, pauta em que se debruça a pasta. Uma artista plástica e estudante de rádio e TV foi convidada a realizar uma intervenção com uso de materiais reciclados e se instalou na sala.
A artista plástica Flávia Calixto foi convidada pela subsecretária de Serviços, Lúcia Freire, e pelo secretário de Serviços e Trânsito, Wellinghton Nascimento de Lima, o professor Elinho, a remontar o catavento com tampinhas de plástico que já havia sido produzido por ela e, desta vez, colaborativamente. Servidores e alunos do curso de alfabetização de adultos também colocaram a mão na massa. Seja na colagem, no polimento ou no corte das tampinhas e limpeza das peças, diversos artistas assinarão a obra.
Entre eles está Alessandra Faria da Costa. Ela trabalha na sede da Semset e foi escolhida para ajudar no manuseio das pequenas peças . “Nunca tinha trabalhado com nada deste tipo, com arte. É bem legal e dá vontade de ver pronto logo. Acho que vou ter um orgulho grande ao vê-lo depois de pronto”, comentou, tímida e com vergonha da câmera.
A peça será entregue para a inauguração do núcleo de resíduos sólidos e da biblioteca, também erguidas no espaço da sede secretaria. Com 1022 tampinhas coladas, emoldurada por um quadro e tampo de vidro, carrega a mensagem da energia limpa e respeito à natureza. Na mesma cerimônia serão entregues os novos uniformes e carrinhos de limpeza dos garis da cidade.
“Essa peça traz o catavento, símbolo maior da energia renovável em nosso planeta. O movimento circular do catavento tem a ver com a renovação e retorno dos materiais utilizados em outra função, assim como as tampinhas aqui coladas”, disse a artista.
Flávia Calixto
A artista já trabalhou na Agência de Desenvolvimento Social de Flexal I e Nova Canaã (Adeflex), onde teve contato com a transformação de resíduos. Este processo influenciou quando, estudando design de produtos, veio a inspiração para o quadro de tampinhas de garrafa.
“Desenvolvemos um método de transformar sucatas caseiras em brinquedos, como forma de reaproveitar materiais, exercitar nossa criatividade e provocar conscientização nas outras pessoas”, conta Calixto.
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Texto: Marlon Marques
Jornalista responsável: Marcelo Pereira