Projetos têm destaque em audiência do O+P de Rosa da Penha
Por Marketing, postado em 09/09/2013
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Diretora da Emef Rosa da Penha, Ana Ramos, explica os projetos realizados na escola ao secretário Juarez Ramos.FOTO: Semco/Lucas Calazans
Um curso preparatório para ingresso no ensino técnico e atividades nos fins de semana, como oficinas, dança e capoeira, reunindo jovens e seus familiares. As atividades extraclasse, oferecidas na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Rosa da Penha, no bairro Rosa da Penha, despertaram o interesse da equipe do Orçamento Cidadão Mais Participativo (O+P), na sexta-feira (6). Foi durante audiência pública realizada na região 11, que abrange também os bairros Campo Belo, Itapemirim, Maracanã, São Benedito, São Geraldo II e Vila Isabel.
A diretora da Emef, Ana Maria Ramos, despertou a atenção da equipe da secretaria de Planejamento (Semplan) durante a explanação sobre o O+P. Segundo ela, na escola funcionam bons projetos, que atraem as famílias e os jovens. “Aqui, temos aulas do pré-Ifes (preparatório para ingresso no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo), dadas por professores voluntários; e atividades do Semearte”, disse. O projeto desenvolvido em escolas municipais trabalha arte e cultura dentro do ambiente escolar, administrando atividades como teatro, música, dança e capoeira. A direção da escola, moradores e a Semplan farão uma reunião para definir o que pode ser feito e replicar as ideias para os demais bairros da região 11.
Nas audiências públicas, que estão sendo realizadas desde 14 de agosto e vão até a próxima segunda-feira (16), a prefeitura presta contas das obras e explica a nova metodologia do orçamento participativo, agora, bianual. Mas o O+P pretende ir além, incentivando as comunidades a desenvolver trabalhos sociais. “Precisamos atrair os nossos jovens, por exemplo. Agora, estamos aqui reunidos e, como pai que também sou, sei que vocês devem estar preocupados em saber onde os filhos de vocês estão nesta hora da noite”, falou Juarez Ramos, secretário de Planejamento do município. “Por isso, vocês devem cobrar a realização de obras, mas não deixar de pensar em atividades que possam trazer uma ocupação com resultados positivos para os jovens e os idosos, por exemplo”, complementou.
Metodologia
A nova metodologia para a próxima votação do O+P, em 2014, foi apresentada junto à prestação de contas do que está em andamento. No início do ano, a atual administração encontrou 340 obras atrasadas de orçamentos anteriores, de 2006 a 2012. Em 2013, 94 dessas obras já foram finalizadas; outras 271 aguardam conclusão, motivo pelo qual não haverá votação do orçamento este ano.
Representantes das comunidades foram incentivados a colaborar na definição dos orçamentos. “Concordamos em não votar novas obras se for para acabar o que ainda está parado. Porém, os orçamentos têm que ser cumpridos, pois temos muitas prioridades paradas”, comentou o presidente da Associação de Moradores do bairro São Benedito, Florisvaldo dos Santos Oliveira. Para ele, uma das obras mais necessárias continua sendo a construção da praça do bairro.
Já o morador do bairro Itapemirim, José Rubens da Silva, estava preocupado com a rua A. Eleita em OP anterior, está com trecho de 350 metros tomado de lama quando chove, e de poeira, nos dias de sol. “Basta chover para a rua ficar intransitável. A lama desce a ladeira e vai entupindo os bueiros da rua Olinda, que fica na parte de baixo. Se nada for feito, corre o risco de ter que recuperar a rede de drenagem toda”, preocupa-se o morador.
Dúvidas
O secretário de Relações Institucionais do município, Chico Pardal (ao microfone), será o representante da região 11 no O+P. Os moradores acordaram uma reunião com o secretário para esclarecer algumas dúvidas e até boatos a respeito das obras que aguardam conclusão nas comunidades. Uma delas é a manutenção da construção do centro para idosos na região. Outras questões levantadas foram a criação de áreas de lazer; se há dinheiro para a conclusão dos orçamentos antigos; se o dinheiro para o O+P, que é bianual, será equivalente ao de dois anos do orçamento que era anual. “Serei o contato de vocês com a administração municipal. Estou à disposição para recebê-los na prefeitura”, disse o secretário aos moradores, garantindo esforço na busca por um maior entrosamento com as comunidades.
Nova metodologia
Para o próximo ano, incluídas na nova metodologia, estão ferramentas de interação entre os moradores e o governo municipal. Entre elas, o uso da internet para a votação e o acompanhamento das obras; aplicativos para celular; e interação com as mídias sociais. Além da votação nas plenárias, o cidadão que não comparecer aos encontros poderá votar via internet. Ainda na audiência desta sexta-feira, foi apresentado aos moradores o Espaço Cidadão. Consiste em uma sala para as comunidades, no segundo pavimento do Palácio Municipal, em Alto Lage. Nele, os moradores podem tirar dúvidas e ter acesso a informações sobre o orçamento participativo. Dois computadores ligados à internet ficam à disposição.
Informações Adicionais:
Texto: Evandro Costalonga
Jornalista responsável: Marcelo Pereira