Comerciantes conhecem projeto Feira Legal
Por Marketing, postado em 27/08/2013
![Primeira reunião com feirantes aconteceu no auditório da Seme, em Itaquari.FOTO: Semco/Lucas Calazans](http://www.cariacica.es.gov.br/wp-content/uploads/2014/08/reuniaoflegal.jpg)
Primeira reunião com feirantes aconteceu no auditório da Seme, em Itaquari.FOTO: Semco/Lucas Calazans
Cinquenta e seis feirantes que atuam em Cariacica compareceram à primeira reunião de apresentação do projeto Feira Legal no município. Foi na tarde desta segunda-feira (26), no auditório da secretaria de Educação (Seme), em Itaquari. Desde 28 de julho, a secretaria de Serviços e Trânsito (Semset) iniciou o projeto piloto do Feira Legal, na feira de Campo Grande. Já foram realizadas três visitas de abordagem aos comerciantes e panfletagem. Entre os objetivos do projeto estão a organização do espaço público, a revisão do Código de Posturas e a coleta seletiva dos resíduos gerados com a realização da feira, com foco na compostagem, para obtenção de adubo orgânico.
O envolvimento dos comerciantes é fundamental para o sucesso da iniciativa. O projeto prevê melhorias nas feiras, como instalação de banheiros químicos, padronização das barracas e cumprimento de horários para montagem e desmontagem delas. Essas e outras medidas devem ser implementadas até atingir as 22 feiras da cidade. O prazo limite é outubro de 2016, cumprindo um termo de ajustamento de conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, em 2011. Sugestões podem ser passadas para [email protected]; e [email protected].
A partir do projeto piloto, em Campo Grande, os feirantes já estão podendo fazer a separação adequada do lixo produzido durante a comercialização dos produtos. Eles têm disponíveis três caixas coletoras. Duas delas ficam ao lado da loja Bremenkamp Madeiras, na avenida Expedito Garcia, sendo uma para lixo seco e outra para lixo úmido. A outra caixa está na localização final da feira, também na avenida, reservada apenas para resíduos de pescados. A média de coleta está em 500 quilos de lixo seco (doados aos catadores da Flex Vida, em Nova Canaã); 2.100 quilos de lixo úmido; 950 quilos de restos de peixes e mariscos; e 350 quilos de lixo inservível. Cada feira gera quase quatro toneladas de detritos.
Posturas
A Semset, em parceria com a Coordenação de Posturas, está orientando os feirantes a desmontar as barracas e colocá-las sobre os veículos de condução até as 14h. “Houve melhoria no cumprimento dos horários pelos feirantes, em Campo Grande. Observamos esse novo comportamento por parte de, aproximadamente, 60% deles, desde o início da conscientização”, informa Guilherme Guerra, representante da Marca Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo em Cariacica. O cumprimento do horário de término da feira permite o bom funcionamento do serviço de coleta do material depositado nas caixas, sendo de fundamental importância para o êxito do Projeto Feira Legal.
O secretário da Semset, Wellinghton Nascimento de Lima, disse que o material orgânico recolhido na feira está sendo levado para um sítio, em Cangaíba, para ser transformado em adubo que, futuramente, poderá ser doado a produtores rurais do município e ao viveiro de mudas da cidade. Ainda de acordo com o secretário, o Código de Posturas prevê a cobrança por tabuleiro usado pelos feirantes. “Teremos que viabilizar a cobrança de um valor próximo dos R$ 0,50 por tabuleiro. Assim, arrecadaremos em torno de R$ 230 mil por ano, permitindo a instalação de banheiros químicos nas feiras e a colocação de mais e melhores lixeiras”, exemplificou.
Feirantes
Feirantes das feiras de Itapemirim, Campo Grande e Jardim América participaram da reunião de apresentação do projeto Feira Legal. A ideia do projeto foi bem-vista pela maioria. Sebastiana de Souza e o marido, Genário, trabalham há dez anos como vendedores de frutas em feiras de Cariacica e Vitória. “Concordo com o projeto. Em Vitória, tudo é organizado. Os horários de chegada e saída da feira são respeitados. Cada um de nós tem uma lixeira para colocar os restos. Aqui, em Cariacica, muitos jogam os restos dos produtos no chão. Às vezes, nem temos como entrar na feira porque alguém já ocupou nosso lugar. A conscientização vai ser muito importante para a gente conseguir mudar as coisas para melhor. Mas eu acredito e torço para o projeto virar realidade”, comentou Sebastiana.
Informações Adicionais:
Texto: Evandro Costalonga
Jornalista responsável: Marcelo Pereira