Congo, capoeira e dança italiana: diversidade cultural de Cariacica na 37ª GranExpoES

A banda de congo de Boa Vista encantou os visitantes da 37ª GranExpoES.FOTO: Semco/Claudio Postay

A banda de congo de Boa Vista encantou os visitantes da 37ª GranExpoES.FOTO: Semco/Claudio Postay


Ritmo e animação não faltaram aos três grupos que representaram a diversidade cultural de Cariacica na 37ª GranExpoES, a maior feira agropecuária de negócios do Estado, encerrada no último domingo. Na sexta-feira (09), o grupo Di Ballo Saltarello, do bairro Santa Cecília, apresentou a dança típica italiana. Já no sábado (10), a animação ficou por conta da banda de Congo São Benedito de Boa Vista e do grupo de capoeira da terceira idade, Vitalidade, que mostrou a energia dos componentes.


O público ficou impressionado com a disposição, alegria e superação dos 13 idosos que praticam capoeira. “Muito bacana a apresentação. A minha filha desde os 16 anos praticava a capoeira e eu a acompanhava suas apresentações. Por isso, eu sempre gostei. Mas a terceira idade está muito linda. Acredito que é muito válido, pois é quase uma brincadeira,” contou Ângela Maria Antunes, 62 anos, do município da Serra.


 

vitalidade


Muitas pessoas admiraram a performance e registraram o momento em seus celulares, tablets e câmeras fotográficas. Foi o que fez a moradora de Vila Velha, Luciana Rodrigues, 36. “Muito legal a atividade. A disposição, a vitalidade, alegria e o envolvimento com a capoeira. Gostei muito, achei bonito. Quem dera se outros idosos tivessem esta oportunidade. Seria muito bom se outras prefeituras incentivassem trabalhos como esse,” apontou. O grupo Vitalidade apresentou ainda o maculelê, um estilo de dança comum na capoeira com uso de bastões. “Eles estão de parabéns por procurarem a capoeira, pois envolve ritmo, respiração, fazendo bem para o corpo e para a mente,” elogiou Bruno Preto, 31, de Alegre.


 

Para o integrante do Vitalidade, José Domingos Polonini, 74, do bairro Campo Grande, a atividade é muito importante. “É um exercício bom e eu gosto pois é uma distração boa, que faz bem a saúde, além de fazer amizades,” explicou.
O contramestre, Oberdan Silva Sá, responsável pela performance do grupo destaca a importância da apresentação na GranExpoES. “Para nós é gratificante pois temos o nosso trabalho reconhecido. Além disso, podemos mostrar a arte da capoeira e que não existe preconceito, sendo uma atividade que pode ser desenvolvida em todas as idades. Também é uma oportunidade para desmitificar o preconceito que existe em relação à capoeira,” esclarece.


Danças


congomenina


 

A banda de Congo São Benedito de Boa Vista animou a GranExpoES com o ritmo dos tambores. Sônia Maria Silva, 54, da Serra, dançou e ensinou a sua sobrinha Luiza, de cinco anos, os passos. “Eu acho bonito esta tradição e estou aproveitando para mostrar a Luiza, pois ela ama arte”. Luiza ficou encantada com a apresentação, principalmente, com a cuíca, tocada por um dos componentes.


 

 

O mestre da banda Jadilson Martins Gonçalves, 45, conduziu o cortejo entre os estandes. “Para nós, a apresentação é uma oportunidade muita boa pois nos deixa próximos ao povo,” pontuou.


O Grupo Di Ballo Saltarello recordou as tradições deixadas pelos imigrantes italianos que chegaram à cidade, principalmente a partir dos anos 60 do século passado, provenientes dos munícipios do Sul do Estado. Com trajes típicos, eles fizeram referência às coreografias da velha Itália.


Informações Adicionais:
Texto:Analine Izoton
Jornalista responsável:Marcelo Pereira