Campanha aumenta apadrinhamentos afetivos

FOTO:Semco/Núcleo de Publicidade

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Desde o início da campanha de apadrinhamento afetivo, promovida pela secretaria de Assistência Social do município (Semas), no fim de junho, dezenas de pessoas se mostraram interessadas em ter um afilhado. Foram 72 ligações telefônicas para a Semas. Dezessete processos estão em análise pela equipe técnica da secretaria, cumprindo a etapa inicial do processo de apadrinhamento; e outros seis processos estão em andamento na Vara da Infância e Juventude, numa etapa final.


Entre os que demonstraram interesse ao ver a divulgação da campanha de apadrinhamento nos meios de comunicação, dez desistiram. Outros oito eram moradores de municípios da Grande Vitória e foram encaminhados para programas de apadrinhamento de suas cidades. Três interessados foram identificados como tendo perfil para adoção e foram orientados a procurar a Vara da Infância e Juventude das comarcas de seus municípios (Serra, Vila Velha e Vitória). Há, ainda, a expectativa de mais nove pessoas virem a se tornar padrinhos afetivos em Cariacica. Elas fizeram um primeiro contato com a Semas, ficando de telefonar de novo, futuramente.


Brilho no olhar


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Um casal de servidores públicos da Prefeitura se tornou padrinho afetivo há quase três meses e viu a vida de todos se transformar para melhor dentro do lar, em um bairro de Cariacica que, assim como o nome da criança, não será divulgado para preservar a identidade do menino. A professora Rosimeria Ramos Bertholini, de 47 anos, e o servidor da secretaria de Obras, Valdenir Luís Bertholini, de 53, têm um menino de seis anos como afilhado. O casal gerou duas filhas, Wanussy, de 22 anos, e Watussy, de 28, e, agora, ganhou a permissão para estar com o afilhado. Segundo Bertholini, uma experiência fascinante para a família e para a criança, proveniente de um abrigo municipal.


 

Rosimeria é professora da escola onde o garoto estuda. Foi no colégio que a relação começou a ficar mais próxima. Ela passou a dar atenção especial ao menino por observar seu olhar sempre triste durante as aulas. Ao saber da vivência em um abrigo, ela conversou com o marido e as filhas e, após a concordância de todos, decidiu apadrinhá-lo. Amor e carinho há de sobra. Porém, o padrinho ressalta a importância de tratar a criança com a intenção de educar e preparar para a vida, o que inclui saber dizer não quando necessário. Foi como fez com as filhas. Resultado: em tão pouco tempo o olhar do menino passou de triste a radiante.


Oficinas


No inicio de agosto, haverá oficinas de conhecimento do projeto de Apadrinhamento Afetivo para atuais e possíveis novos interessados. Podem participar quem já iniciou o processo de apadrinhamento e interessados que tomarem conhecimento. As oficinas acontecerão nos dias 3 e 10 de agosto, na Semas, em Campo Grande; e no dia 17 de agosto, no Recanto de Atendimento ao Menor (Reame), na rua Independência, 26, em Cruzeiro do Sul, sempre das 8h às 11h30. “É importante que os interessados participem de todos os encontros, porque um complementa o outro. Será explicado como funciona o projeto, os benefícios para a criança e o adolescente, os impactos para o padrinho, como lidar com essa criança ou adolescente, por exemplo”, disse Liliane Pereira Domingos, auxiliar administrativa do Projeto Apadrinhamento Afetivo, da Semas. Segundo ela, nas oficinas serão dadas orientações sobre conceitos de guarda, tutela e adoção.


Apadrinhamento afetivo


A carência afetiva e de relacionamento social de aproximadamente 60 crianças e adolescentes residentes nos três abrigos do município levou a secretaria de Assistência Social (Semas) a iniciar a campanha para conquistar o coração de novos padrinhos. O projeto é voltado para crianças e adolescentes com idade entre sete e 18 anos incompletos, que foram destituídos do poder familiar em casos de direitos violados por abandono, negligência, violência doméstica, dentre outros, e têm poucas chances de adoção. O principal objetivo é proporcionar convivência familiar e comunitária, por períodos como fins de semana, feriados e férias escolares. O Projeto Apadrinhamento Afetivo foi criado pela Vara da Infância e Juventude de Cariacica e é desenvolvido pela Semas desde 2011.


Segundo Augusta Gomes Nascimento, assistente social e técnica de referência do Programa Família Acolhedora da Semas, para ser candidato a padrinho é necessário passar por uma avaliação, ter acima de 18 anos e, preferencialmente, residir em Cariacica, além de não ter antecedentes criminais e poder participar das atividades do programa de Apadrinhamento Afetivo.


Serviço


Oficinas de conhecimento do Projeto de Apadrinhamento Afetivo


- Oficinas 1 e 2:
Local: Semas, na av. Ministro Eurico Salles, 16, Campo Grande (próximo ao Hospital São Francisco)
Quando: 3 e 10 de agosto
Horário: 8h às 11h30
Informações: 3346-6321 e pelo e-mail: [email protected]


- Oficina 3:
Local: Recanto de Atendimento ao Menor (Reame), na rua Independência, 26, Cruzeiro do Sul
Quando: 17 de agosto
Horário: 8h às 11h30


Campanha de Apadrinhamento Afetivo em Cariacica


Requisitos:
- Ter mais de 18 anos
- Residir, preferencialmente, em Cariacica
- Não possuir pendência judicial que envolva crianças e adolescentes. Haverá uma entrevista psicossocial e visita domiciliar. Também será encaminhado à Vara da Infância e Juventude um relatório com documentos para habilitação do padrinho.


Documentação:
- Cópia do RG e do CPF
- Cópia do comprovante de residência
- Atestado de antecedentes criminais


Horário de atendimento na Semas: segunda a sexta, das 8h às 17h.
Endereço: av. Ministro Eurico Salles, 16, Campo Grande (próximo ao Hospital São Francisco)
Informações: 3346-6321 e pelo e-mail [email protected]


Informações Adicionais:
Texto: Evandro Costalonga
Jornalista responsável: Marcelo Pereira