Cariacica se prepara para melhorar o atendimento dos casos de dengue

Oficina realizada na unidade de saúde de Santa Fé.FOTO: Semco/Lucas Calazans

Oficinas de Organização das Unidades Sentinelas de Dengue foram realizadas, em Cariacica, ao longo de junho e julho. Supervisores, a coordenadora geral das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as referências municipais e estaduais no assunto compartilharam conhecimento. Já foi constatado que este ano o Espírito Santo notificou o maior número de casos da doença de sua história, totalizando 72.166, até a segunda quinzena de julho, o que demanda uma atenção especial. Assim, as oficinas funcionarão como base para a elaboração do Plano de Contingência contra a Dengue de 2014.

Durante esse período, eles avaliaram a situação epidemiológica da cidade em 2013. Até o dia 29 de junho, foram notificados 8.008 casos suspeitos da doença. Os profissionais analisaram como é feito o encaminhamento dos pacientes que chegam às unidades com sintomas de dengue, estudaram casos e avaliaram o que precisam fazer para melhorar o atendimento.

A iniciativa é fruto de uma parceria com o Governo do Estado. A médica do Programa Estadual de Controle de Dengue, Theresa Cristina Cardoso da Silva, informa que o município é o primeiro do Espírito Santo contemplado pela ação. A escolha foi feita devido ao número de casos, incluindo a questão de óbitos registrados. De acordo com a médica, foram oito em 2013.

Ela explica que a partir das discussões foram levantados pontos que devem ser melhorados. Entre eles, a estrutura das unidades básicas de saúde, o acesso aos serviços e a capacitação profissional das pessoas que atendem os casos de dengue. A médica ratifica, ainda, a necessidade do uso do manejo clínico. O manejo é uma série de procedimentos que facilita suspeitar, diagnosticar clinicamente, solicitar os exames complementares indicados e conduzir, de forma adequada, o tratamento do paciente com a doença.

A coordenadora das unidades de saúde, Evanilda Feltz Lenke, explica as vias de soluções traçadas para os problemas apresentados e relata que contará com apoio do Estado para colocá-las em prática. “Vamos ampliar o número de cadeiras para a hidratação venosa, reformar e ampliar algumas unidades de saúde. Já estamos fazendo um levantamento do número de profissionais necessários para suprir a demanda dos usuários e tentaremos viabilizar o processo seletivo. Além disso, iremos promover capacitação dos servidores que atendem aos casos de dengue”, reforça.

A supervisora da Unidade e do Pronto Atendimento de Bela Vista, Débora Araújo Ramos, gostou de participar das oficinas, principalmente porque ela assumiu a função há pouco tempo. “Essas oficinas estão me colocando a par do que aconteceu no município e me permite visualizar como melhorar o atendimento”, esclarece.

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Texto: Verônica Aguiar
Jornalista responsável: Marcelo Pereira