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Atletas de Cariacica beneficiadas pela lei de incentivo ao esporte brigarão pelo ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016
O basquete terá representantes de Cariacica nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. As atletas Geisiane de Sousa Maia, 34 anos, e Jéssica Silva Santana, 23, farão parte da Seleção Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas. A dupla foi contemplada com a Lei Carlos Horácio Rosa, de incentivo financeiro ao esporte, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semesp), e viaja para o Rio de Janeiro no próximo sábado (20). A bolsa concedida pelo município beneficia as atletas na compra de uniformes e materiais para a prática do esporte, suplementação, manutenção das cadeiras de rodas e serve de incentivo para continuarem praticando o basquete. Após saberem da convocação, as duas passaram a investir mais na preparação física com um personal. Geisiane é campeã mundial e brasileira na modalidade. Além disso, foi bronze no Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015. Jéssica tem na bagagem a participação em dois campeonatos mundiais, no sul-americano e na Copa América de Basquete. Como a amiga, também foi bronze no Parapan de Toronto. Com três paratletas, Cariacica é o município da Grande Vitória com mais convocados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. A jogadora Geisiane iniciou no esporte aos 23 com incentivo de um amigo e nunca mais se imaginou longe das quadras. Antes de se dedicar ao basquete, tinha problemas de saúde e quase não saía de casa. Após iniciar a prática, sua saúde melhorou e a família sempre deu total apoio. “A expectativa é grande quanto aos Jogos Paralímpicos e temos nos preparado bastante para a competição”, afirma. Outra paratleta que iniciou nova no basquete foi Jéssica Silva Santana, 23, moradora de Itacibá. Aos 16, viu uma matéria na TV e procurou saber mais. Logo descobriu o Instituto Reabilitacional e Esportivo para Deficientes Físicos do Espírito Santo (Irefes), em Vitória, onde realiza os treinos. Aos 18, descobriu que estava grávida e treinou até os seis meses de gestação. Após isso, deu uma pausa de um ano e voltou para a seleção em 2013. “Foi um dos momentos mais difíceis, mas mesmo assim não pensei em desistir do esporte. Minha mãe sempre me apoiou em tudo e foi uma peça muito importante nesse período, cuidando do meu filho para que eu pudesse treinar” lembra. Dedicação O que começa como uma terapia para as pessoas com necessidades especiais, depois pode cair no gosto e se transformar em uma atividade profissional. Daí para o pódio é consequência. “Algumas pessoas iniciam no basquete somente para socialização e melhoria da saúde. Depois se interessam e praticam para se tornarem paratletas”, explica o treinador da dupla, Marcos Vitor Souza Araujo, 24. Para criar resistência, a equipe feminina é posta para jogar contra a masculina. Além disse, as paratletas fazem exercícios físicos para fortalecer principalmente ombros e tronco, que são as partes do corpo mais utilizadas no momento do jogo. “A preparação para chegar aos jogos paralímpicos é longa. Hoje, vemos que todos os esforços das meninas foram reconhecidos e elas possuem um grande potencial para realizarem um lindo jogo”, conta o treinador.