"Agência na Praça" em Itanguá oferece 560 vagas de emprego e presta consultoria a quem quer regularizar o próprio negócio
Oportunidade no mercado de trabalho, qualificação profissional, renegociação de dívidas, formalização de negócios e empresas. Todos esses serviços foram concentrados no projeto "Agência na Praça", da Agência do Trabalhador de Cariacica, que agitou a manhã desta terça-feira (19), no bairro Itanguá. A ação reuniu na praça do bairro um contingente de serviços que traziam, principalmente, resposta positiva frente ao contexto econômico desfavorável do Brasil. Só a Agência ofereceu 560 vagas de emprego para todos os níveis e escolaridade. Além dela, estavam presentes equipes do Procon Municipal e do Centro Integrado de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Ciampe). A estudante Fernanda Andrade, 19 anos, moradora de Jardim América, foi uma das que saíram com carta de recomendação para uma entrevista. "Fui selecionada para participar de uma triagem para uma vaga em telemarketing. Estou confiante, vai ser meu primeiro emprego e preciso ter mais contato com mercado para ter uma rotina de emprego até conseguir fazer o que quero: me formar em Enfermagem", contou. Assim como ela, todos foram atendidos pelos profissionais da Gerência de Capacitação Profissional, Emprego e Renda (Gecaper), que, além do encaminhamento, deram orientações sobre currículos, qualificação e ofertas de cursos. Até às 10h da manhã, haviam sido encaminhados 150 candidatos e outros 190 haviam feito cadastro em cursos e capacitações. Auto-estima O projeto também contou com a performance do Instituto Embelleze, que levou seus alunos para atender a quem queria dar um trato no visual. Os homens tiveram à disposição, gratuitamente, corte de cabelo e aparagem de barba. O instrutor do Embelleze, Roberto Carlos Sutil, explica que a ação traz benefícios para as duas partes. "Nossos alunos passam a praticar o que aprenderam e quem recebe o serviço melhora a auto-estima na hora de procurar um emprego. Estar bem consigo mesmo já é um ponto positivo e já dá um incentivo nessa busca", sintetiza. O estudante Paulo Vitor Moreira Lemos, 18, testou um novo penteado, estilo moicano. "Quero ficar bonito e arrumar um emprego. Fui menor aprendiz numa empresa e trabalhei na área de Recursos Humanos e administração. Vou procurar uma vaga nesta área pois não quero ficar só estudando até poder fazer um curso superior", planeja. O rapaz que, atualmente está no segundo ano do ensino médio, quer fazer curso superior em Matemática ou em História. "É importante a gente ter uma rotina de trabalho. Fica mais fácil conseguir um emprego quando for procurar um emprego na sua área, principalmente se exigirem experiência", compara. Direitos Enquanto uns procuravam emprego, outros corriam atrás de seus direitos. Foi o caso da aposentada Claudete Nascimento, 69, teve sua linha de celular restabelecida após um ano. Por um erro da empresa de telefonia, ela teve seu número bloqueado. Ela foi atendida pela equipe do Procon na praça de Itanguá e saiu de lá com o acerto garantido por parte da prestadora de serviço. "Nós temos que lutar por nossos direitos e celular hoje é uma necessidade. Eu não poderia ficar sem", comemorou. Formalização A unidade móvel do Centro Integrado de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Ciampe) também participou do projeto dando consultoria contábil e jurídica para quem queria abrir microempresa, regularizar a atividade, além de oferecer uma linha de crédito para pequenos empreendedores por meio do programa Bandes Seguir Crescendo, do Governo do Estado. Entre os atendimentos, houve quem quisesse deixar a informalidade. Eronildes Souza de Oliveira, 54, ficou feliz por finalmente registrar a sua empresa. "Eu vendo acessórios e produtos para salões de beleza. Durante quase 30 anos, fui vendedor ambulante, depois atuei como funcionário de uma empresa privada. Há dois anos, fui tentar meu próprio negócio. Porém, quero estar regularizado como manda a lei", explicou, exibindo o certificado de microempreendedor individual.
