![news](/static/imgs/post/5f8c8ecff6bd4c4d2a1e5af17b3cbf9e.jpg)
Dona Rosinha e o poder da convivência comunitária nos Cras de Cariacica
Para florescer na natureza, a rosa precisa de muitos cuidados: o clima, o solo, a luz e a adubação. Mas, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Porto Novo, uma flor especial desabrochou com apenas uma coisa: amizade. Foi isso que aconteceu com a Rosinha, apelido carinhoso dado a Ana Rosa Rodrigues, 65 anos, aposentada, que reencontrou a alegria de viver depois de superar um câncer de mama, mas sofrer alguns anos com a tristeza. Ela participa do grupo de idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), e recebeu muito apoio das amigas que encontrou nas atividades oferecidas pela Secretaria de Assistência Social de Cariacica (Semas). “Eu fiquei doente em 2014 e fiz quimioterapia e radioterapia. Fiz tratamento sozinha, sem acompanhante. Isso me abalou emocionalmente porque fiz tudo sem a ajuda de ninguém. Logo eu que nunca tive herança familiar de doença, nunca fumei, nunca bebi...”, relembrou. O momento da virada emocional na vida de Rosinha aconteceu há cerca de dois anos, quando ela começou a frequentar as oficinas do Cras e foi abraçada pelas novas amizades que fez. “Vindo para cá eu melhorei muito, Eu gosto muito porque meu lado emocional melhorou demais. Minhas amigas me fizeram ficar mais animada. Isso mexeu muito com minha autoestima, porque agora eu fico esperando chegar o dia para encontrar minhas amigas”, detalhou. A secretária de Assistência Social, Danyelle Lirio, destacou que a convivência comunitária é um direito fundamental da pessoa idosa que envolve a relação com a sociedade. “Esse é um dos serviços oferecidos dentro das políticas públicas de Cariacica. Oferecemos atividades nos oito Cras do município e qualquer munícipe idoso pode participar. As inscrições estão sempre abertas. Esse tipo de iniciativa é uma prova que o serviço oferecido pelo munícípio muda a vida das pessoas”, disse. A coordenadora do Cras de Porto de Novo, Nilcéia Effgen, relatou que foi justamente a oportnidade da convivência comunitária que gerou a melhora da aposentada Ana Rosa Rodrigues, a Rosinha. “Ela teve superação e elevação da autoestima. O ambiente acolhedor das oficinas do Cras transforma a convivência dos participantes em uma grande família. Isso ajudou muito na superação. Elas deixam a solidão de lado devido a convivência com o grupo. Nós do Cras conseguimos ver a superação de cada um”, disse. Pertencimento De acordo com o psicólogo da Semas, Guilherme Nascimento Zottele, o serviço de convivência para idosos auxilia, principalmente, no sentimento de ser pertencente a um grupo. “A importância de fortalecer esses vínculos em grupos de terceira idade potencializa a maturação de um envelhecimento saudável, promovendo estímulos por meio de atividades físicas e de lazer. E eles constroem memórias juntos”, afirmou. Cariacica possui oito Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8 às 16 horas. Veja a lista: • Cras de Alto Mucuri – 3354-7105Rua Bragança, s/n° (próximo à Igreja Católica São José Evangelista), Alto Mucuri • Cras de Bela Aurora – 3354-7106Avenida Espírito Santo, 273, Bela Aurora • Cras de Campo Verde – 3254-6355Avenida Central, quadra 12, lotes 1 a 13 (ao lado do antigo Haras), Campo Verde • Cras de Graúna – 3354-7101Rua Geraldo Gonçalves 452, Graúna, Cariacica • Cras de Nova Rosa da Penha – 3354-7103Rua Oitenta e Sete, s/nº, Nova Rosa da Penha II • Cras de Padre Gabriel – 3354-7108Avenida Padre Gabriel, n° 6 (ao lado da Escola Renascer), Padre Gabriel • Cras de Porto Novo – 3354-7102Rua Manoel Siqueira, n° 40 (rua da feira), Porto Novo • Cras de Rio MarinhoRua Sete, n° 24 (próximo à Unidade de Saúde de Rio Marinho), Rio Marinho