Amor pela leitura: jovem de 18 anos é fã de carteirinha da Biblioteca Municipal

Pedro Henrique Cornachini, 18 anos e morador do município, tem uma relação de amor pela leitura e carinho pela Biblioteca Pública Municipal Madeira de Freitas, local que frequenta há quase dez anos. Ele é literalmente fã de carteirinha do espaço e já perdeu as contas de quantos exemplares da literatura já o acompanharam nesta trajetória.


Essa história começou um mês após a reinauguração da Biblioteca Pública, no dia 16 de setembro de 2015, quando Pedro fez sua carteirinha para começar a frequentar o espaço. Desde então, até os dias atuais, já com 18 anos, o leitor seguiu apaixonado pela leitura. E, mesmo tão jovem e inserido no mundo tecnológico, ele não abre mão do bom e velho livro e, sempre que pode, vai até o local para fazer o empréstimo de alguma obra.


O jovem conheceu a Biblioteca fazendo o trajeto entre a escola e sua casa e foi amor à primeira vista! “Eu estava voltando da escola, minha mãe estava me levando de volta para casa e vimos uma construção. Quando perguntamos, falaram que era a Biblioteca Municipal. Passei aquele mês inteiro falando que queria ir à biblioteca e que era para me matricular. Eu já gostava de ler e lá eu poderia pegar muito mais livros. Isso me motivou a querer ir. Eu fui indo e vou até hoje”, disse.


Ações sociais e momentos marcados na memória


Ainda aos oito anos, Pedro Henrique frequentava a Biblioteca para ler os livros infantis como o “Gato da Cartola”, “Diário de um Banana”, “Turma da Mônica”, entre outros. O leitor lembra que gostava da experiência de participar dos momentos culturais que o espaço proporcionava.


“A biblioteca sempre foi de fazer muitos eventos sociais, interações e projetos. Quando eu era menor, eu ia bastante. Eu lembro que eles faziam umas noites de cinema, mas um momento especial que eu lembro muito foi o dia do mini carnaval, as crianças podiam ir fantasiadas, a gente podia pintar o rosto, tinha música e contrataram até um sambista”,contou.



Neste dia, que Pedro guardou na memória, foi quando teve sua primeira evolução nos livros. “Foi muito especial porque teve um momento em que parei para ler um livro. Foi a primeira vez que eu li o livro do Harry Potter, que é muito famoso. E por causa desse livro, que na época foi um dos maiores livros que eu li, eu comecei a ler todos os livros do Harry Potter. Eu percebi que podia ler livros cada vez maiores. Foi no dia do mini carnaval”, comentou.


Fã de carteirinha


Fã de carteirinha, o estudante conta que apesar de estarmos na “era tecnológica”, ele prefere viver o espaço da biblioteca. “Eu nunca consegui me acostumar com livros digitais, eu prefiro muito mais passar as páginas, ter aquela sensação de carregar um livro. Eu gosto muito de ler na biblioteca e daquela sensação de ir lá, escolher com calma qual livro eu quero levar para casa”, falou ele.



Para Pedro, a Biblioteca Pública de Cariacica teve um papel fundamental em sua vida. Foi a partir dos livros que ele conseguiu desenvolver a criatividade, expandir o vocabulário, melhorar nas provas da escola e na interpretação de texto. “Me ajudou muito na escrita, na dissertação. Graças a todo o meu hábito de ler, eu expandi os meus conhecimentos gerais, conheci palavras novas, novos conhecimentos e autores”, reconheceu.


Biblioteca como espaço fundamental


Pedro passou no vestibular e vai se mudar para outra cidade, mas é grato por todo o tempo que passou pela biblioteca. “Vou sentir falta, já conheço o espaço como a palma da minha mão. Mas quando puder, vou dar uma ‘passada’ lá”, disse.


O estudante recomenda a biblioteca para todos os amantes da leitura. Segundo ele, o espaço é fundamental para a cidade, sendo importante tanto para quem está começando a entrar em contato com a leitura, quanto para pessoas que não tem condições de comprar um livro, além de fomentar o conhecimento cultural.




A coordenadora da Biblioteca, Júlive Argentina, ficou feliz em saber das memórias do leitor. "Eu costumo dizer que se a gente conseguir impactar de alguma forma uma vida, estamos realmente fazendo nosso trabalho e cumprindo o papel da Biblioteca. É muito gratificante saber que ele tem memórias em nosso espaço", comemorou.