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Cariacica realiza sua 1ª Mostra de Produtos da Economia Solidária

Coletivismo, cooperativismo, associativismo, autogestão, inclusão e promoção de desenvolvimento social. Estes são apenas alguns dos sinônimos ou algumas formas de tentar explicar a economia solidária, movimento que fomenta dignidade e oportunidades para uma parcela de excluídos da sociedade capitalista. Para incentivar este nicho da economia e dar visibilidade aos produtores da economia solidária, será realizada a 1ª Mostra de Produtos da Economia Solidária de Cariacica, nesta sexta-feira (16), a partir das 14h. O evento reunirá cerca de 15 produtores de todo o município, no auditório do Palácio Municipal, que terão a chance de divulgar e comercializar seus trabalhos. O objetivo da mostra é dar visibilidade e qualificação aos produtores. Para isto, durante a exposição, uma pesquisa será realizada com os visitantes sobre como eles veem à mostra e o que acham de cada produção apresentada. “Este é um primeiro passo que damos a fim de garantir sustentabilidade aos negócios destes empreendedores da economia solidária. Assim, queremos prepará-los para utilizar o Centro de Comercialização de produtos que será construído em Cariacica. Este centro, hoje, se encontra em fase de projeto, e queremos que ele se torne referência no futuro”, disse o gerente de Economia Solidária, Rafael Aquiles Coffler. A Mostra tem entrada gratuita. Haverá cerimônia de abertura, exposição, e coffee break, com encerramento às 17 horas. Estarão expostos produtos de artesanato em geral, alimentação, trabalhos manuais e blocos de concreto. Fundo Rotativo Mulheres do Sol Um caso de sucesso da economia solidária dentro de Cariacica, que levará produtos à Mostra, é a Casa Sol. Lá estão reunidos o Banco Sol, o Projeto Cadeia Produtiva da Bananeira e o Fundo Rotativo das Mulheres Sol. Dentro da Casa, assim como o banco, o Fundo Rotativo é um agente de fomento econômico, porém com o objetivo de estimular que as mulheres da comunidade conquistem renda e aumentem sua autoestima. Hoje, o fundo conta com 22 associadas, sendo que 13 já tomaram algum tipo de empréstimo, realizado com juros simbólico de 1%. Os empréstimos são concedidos para dar condições de abrir ou expandir um pequeno negócio e a inadimplência é zero. A Dona Maria Antônia é uma das voluntárias que trabalha na Casa Sol e pratica a Economia Solidária. Ela define, em suas palavras, as experiências que tem vivido e visto suas amigas vivendo. “Nós trabalhamos para incluir os que estão à parte, à margem da sociedade, gerando renda e aumentando a autoestima de nós mulheres. Pretendemos dar mais possibilidades aos moradores de nossa região e fazermos nosso desenvolvimento fora dos padrões do capitalismo selvagem”, afirma. O mais recente empreendimento de sucesso, aberto graças ao apoio do fundo, é a Pizzaria Napolitana, que fica em Vista Dourada. À frente do negócio, a dona Cleuza Rodrigues entrou para o fundo e há um mês conseguiu abrir seu empreendimento. Ela conta com a parceria de seu genro, Fernando Borges Paes, padeiro e entregador. Com tão pouco tempo, eles que fizeram um empréstimo junto ao fundo para começar o negócio, já começam a lucrar. O volume de pizzas vendidas foi suficiente para comprarem uma moto usada, que ajudará no serviço delivery. “A gente não dava mais conta de entregar de bicicleta. Às vezes tínhamos que subir morros, o que dificultava. Mas, com o bom andamento das vendas, vamos entregar mais rápido com nossa moto. Só que não vou mais, agora que fará é o Fernando, que de moto não ando!”, afirmou Cleuza, rindo.   Eles serão um dos expositores na 1ª Mostra de Produtos da Economia Solidária. A Casa Sol atende os moradores da Região 10, que compreende os bairros de Mucuri, Nova Campo Grande, Novo Brasil, Novo Horizonte, Operário, Piranema, São Gonçalo, Vale dos Reis, Vila Independência e Vista Dourada. Informações Adicionais: Texto: Marlon Marques Jornalista responsável: Marcelo Pereira