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Mobilidade é o grande tema de Desenvolvimento Urbano

As plenárias do Plano Plurianual Cidadão, o PPA Cidadão, estão discutindo os caminhos para os próximos quatro anos de governo e políticas públicas da cidade. Entre as discussões do último dia, mobilidade foi reconhecido como o principal rumo para o desenvolvimento urbano. Estiveram presentes no grupo 15 pessoas entre técnicos da secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semdur), sociedade civil e Legislativo. Quem participou durante quase todo o tempo, seja explicando qual o funcionamento do PPA, seja debatendo ideias como um cidadão comum, foi o secretário de Planejamento Juarez Fernandes Ramos. Segundo ele, poder planejar a cidade neste momento é importante, pois trata-se de uma virada na história política e social do país. “Nunca vi nada parecido com o que estamos vivendo atualmente, com a população nas ruas bradando sua insatisfação. Temos que entender este momento e ver que a maneira com que pensávamos o desenvolvimento de nossas cidades zerou. Temos que pensar diferente e o PPA é a grande chance de fazermos isso. O que faremos nos próximos quatro anos que vai ao encontro do que a população pede nas ruas?”, perguntou o secretário, provocando as primeiras interferências do grupo. Comprovando o que disse Ramos, a voz do povo, presente à plenária, se manifestou em sua forma mais genuína. De maneira simples, porém clara e objetiva, o depoimento de Cesar Nascimento Andrade direcionou o debate que segui com suas colocações. O porteiro disse que apenas quando houver maior identificação do corpo administrativo com as ruas, com o povo, os problemas mais simples serão resolvidos. Tais problemas passam, segundo ele, por melhoria nas condições de acessibilidade primária e transporte público. “Eu queria falar dos problemas que me afligem no meu bairro, e não só lá, mas por onde ando. Há muitos bairros nos quais não adianta se falar de grandes obras de trânsito (mobilidade) ou de ciclovia. Quem mora no morro vive outra realidade. Lá não chega ônibus, não temos escadarias que atendem aos moradores. Tem rua aprovada em orçamento participativo que ainda não foi pavimentada. É disso que o povo sente falta”, desabafou Andrade. Com base na fala dele, o grupo entendeu a necessidade de se discutir saídas para a mobilidade interna da cidade, sem esquecer de levar em conta os desafios e outros programas já implantados, tão importantes quanto. As novas obras e projetos da região metropolitana como BRT (Bus Rapid Transit), Aquaviário e a Quarta Ponte precisam ser pensados com antecedência para se transformarem em oportunidade de desenvolvimento. O gerente de planejamento urbano, Juliano Motta Silva, lembrou que o transporte público foi criado pensando em dar condições de levar as pessoas para Vitória e que Cariacica quer deixar de ser cidade-dormitório, precisa repensar este modelo. “É uma cidade desafiadora, pela sua constituição, como foi se desenvolvendo. Criar mecanismos para resolver os gargalos e deficiências desse perfil é o que devemos pensar daqui em diante”, afirmou. Além do amplo tema de mobilidade, em suas vertentes, foram levantados também pontos para serem inclusos no PPA como requalificação da rodovia BR-262, criação de polos industriais e a necessidade de dar andamento nos projetos já iniciados, tais como: -Projeto Paraciclo, que compreende pontos para parada de bicicletas espalhados pela cidade. O intuito é que integrado a um sistema cicloviário na cidade, incentive a locomoção por meio de bicicletas melhorando as condições de tráfego; -Regulamentação para construção das calçadas; -Porurbi (compreende regularização fundiária, plano habitacional, revisão do Código de Obras e Lei de Parcelamento dos Solos) -POT (que está na segunda fase, redefinindo endereços da cidade) Informações Adicionais: Texto: Marlon Marques Jornalista responsável: Marcelo Pereira